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Inteligência artificial do Google chega ao Brasil em caixa de som da JBL

Google Assistente agora fala português, mas não chegou em dispositivo oficial da própria marca

Link 20: caixa de som tem Google Assistente em português (JBL/Divulgação)

Link 20: caixa de som tem Google Assistente em português (JBL/Divulgação)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 15 de abril de 2019 às 14h35.

Última atualização em 15 de abril de 2019 às 14h39.

São Paulo – A inteligência artificial do Google, mais conhecida pelo nome Google Assistente, chega ao Brasil oficialmente nesta semana em duas caixas de som Bluetooth da fabricante americana JBL, subsidiária da Harman, que pertence à sul-coreana Samsung. Os aparelhos Link 10 e Link 20 são os primeiros a contar com o assistente de voz do Google com suporte a comandos de voz em português brasileiro. Os aparelhos têm preços sugeridos de 1.200 e 1.500 reais, respectivamente, para o mercado brasileiro. É a primeira vez que o Assistente recebe suporte ao idioma em um dispositivo que não seja um smartphone.

O Google ainda não lançou o seu próprio alto-falante com o Assistente, apesar de ter diferentes versões do aparelho que nomeou "Google Home" nos Estados Unidos. A primeira versão chegou em 2016, dois anos depois que a Amazon lançara o Echo, um alto-falante que vem com a assistente pessoal Alexa. O que essas assistentes virtuais fazem? Elas podem marcar alarmes, criar anotações, enviar mensagens ou mesmo fazer compras obedecendo a comandos de voz.

De acordo com estudo da consultoria Canalys, o crescimento dos alto-falantes inteligentes no mundo foi de 82,4% no mundo no último ano, passando de 114 milhões em 2017 para 207,9 milhões em 2019. Os Estados Unidos lideram o crescimento, mas a China também será responsável pelo avanços desses aparelhos. Agora, o Brasil deve ser avaliado em estudos futuros. A projeção de crescimento global para 2023, segundo a consultoria Juniper Research, é alta para o mercado de assistentes de voz. Presentes em 2,5 bilhões de aparelhos em 2018, eles chegarão a 8 bilhões em cinco anos.

O país recebe nesta semana o Google Assistente em alto-falantes da JBL, mas, há semanas, a Amazon anunciou o início de um programa de testes com a Alexa junto com Echo. A ideia que esses consumidores que receberam o aparelho ajudem a melhorar as interações de voz em português, de modo a minimizar interpretações erradas.

A estratégia do Google e da Amazon para seus assistentes é semelhante: colocá-los em diversos aparelhos eletrônicos. O Google Assistente já está em qualquer dispositivo com sistema Android de 2019, bem como nas Smart TVs da LG. A partir de hoje, os televisores que utilizam o sistema Android TV – Sony e TCL – recebem suporte ao Assistente também. O próximo passo é que ambos estejam nas TVs das principais marcas, como Samsung e LG.

Para formar uma estratégia abrangente que permite ao consumidor ter um casa conectada, o Google se associou a fabricantes de eletrônicos que têm suporte para o Assistente. Alguns exemplos são as lâmpadas inteligentes Philips Hue, a câmera da D-Link chamada DCS-8000LH e o robô aspirador de pó Roomba 890, da iRobots. O aplicativo Google Home, disponível para Android e iPhone, ajuda o consumidor a controlar os mais de 10 mil aparelhos compatíveis com o Assistente em todo o mundo.

A visão do Google para a sua inteligência artificial é que ela esteja por toda parte e ajude as pessoas a poupar tempo. Com comandos de voz, acionados pela frase vocativa "Ok, Google", os consumidores podem acender as luzes de casa, ligar ou desligar a Smart TV, mandar e-mails, acionar músicas ou mesmo iniciar a limpeza da casa. Claro, desde que a pessoa possua tais aparelhos conectados em casa.

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