Tecnologia

Com novo CEO e plano de reviravolta, Intel divulga resultados

Focada em aumentar a produção interna e terceirizar para alcançar rivais, a empresa espera receita de 18,2 bilhões de dólares

Intel: balanço pode mostrar novos rumos da empresa (Reuters/Reuters)

Intel: balanço pode mostrar novos rumos da empresa (Reuters/Reuters)

LP

Laura Pancini

Publicado em 21 de outubro de 2021 às 06h00.

Esta reportagem faz parte da newsletter EXAME Desperta. Assine gratuitamente e receba todas as manhãs um resumo dos assuntos que serão notícia.

A Intel vai divulgar nesta quinta-feira, 21, os números referentes ao balanço da empresa no 3º trimestre de 2021. A empresa de processadores, que já alcançou faturamento anual superior a 400 bilhões de dólares, pode ter resultados otimistas mesmo considerando a escassez de componentes em toda a indústria.

A estabilização da indústria automotiva e a alta demanda por computadores e notebooks devido a pandemia do coronavírus devem refletir nas receitas. De acordo com dados da IDC, remessas de PCs chegaram a 86,7 milhões de unidades no terceiro trimestre deste ano.

A expectativa é que o faturamento se beneficie também da melhoria nos negócios de data centers e a crescente adoção de soluções baseadas em nuvem em computação móvel, junto com infraestrutura de rede para 5G.

A Intel passou por momentos difíceis nos últimos anos, como a perda de clientes como Amazon, Apple e Microsoft, que começaram todos a criar chips próprios e a contratar fabricantes terceirizados para fabricá-los e o atraso dos chips com tecnologia de 7 nanômentros — ao passo que a Apple já lançava processadores para smartphones com 5 nanômetros.

2021 pode acabar sendo melhor para a Intel. Segundo o Yahoo Finance, a empresa superou as estimativas de lucro dos analistas nos últimos quatro trimestes. Já em março deste ano, o recém-chegado CEO Pat Gelsinger anunciou mudanças que visavam a reestruturação da empresa.

Gelsinger disse que iria investir 20 bilhões de dólares em duas fábricas no Arizona e trabalhar mais próxima de parceiros, inclusive fabricando processadores e chips para outras empresas. "A Intel está de volta. A velha Intel é a nova Intel", afirmou.

A empresa também mudou o modelo de funcionamento de fábricas. Ela passou a desenvolver os processadores e enviá-los para fabricação em companhias que terceirizam o serviço, como Samsung e TSMC um mercado que deve valer em torno de 100 bilhões de dólares em 2025.

Em termos de lançamento, a Intel anunciou a chegada de dois novos processadores de 11ª geração no segundo trimestre, com velocidades de até 5 GHz, para notebooks leves e ultrafinos. Os modelos anunciados, segundo diz a empresa, são 25% mais rápidos que os modelos equivalentes da rival AMD.

Agora, focada em aumentar a produção interna e terceirizar para alcançar competidores, a companhia espera receita de 18,2 bilhões de dólares, ante projeções de 18,1 bilhões.

Acompanhe tudo sobre:ChipsExame HojeIntelProcessadores

Mais de Tecnologia

Sul-coreanas LG e Samsung ampliam investimentos em OLED para conter avanço chinês

Jato civil ultrapassa barreira do som pela 1ª vez na história

EUA entra para lista de "países sensíveis" da divisão de mapas do Google

Alibaba aposta em IA e diz que supera ChatGPT e DeepSeek