Tecnologia

Instagram pode mudar algoritmo da rede social após relatos de racismo

Usuários acusam a empresa de limitar o alcance e até apagar postagens de pessoas negras na plataforma

Instagram: rede social vai conduzir uma investigação sobre a prática de shadowban na plataforma (Instagram/Reprodução)

Instagram: rede social vai conduzir uma investigação sobre a prática de shadowban na plataforma (Instagram/Reprodução)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 17 de junho de 2020 às 11h42.

Última atualização em 17 de junho de 2020 às 11h43.

Em uma postagem feita em seu blog oficial, o Instagram informou que tomar medidas em relação às denúncias de que a rede social está praticando atos racistas ao limitar o alcance ou mesmo censurar publicações feitas ou que mostrem pessoas negras em fotos e vídeos publicados na plataforma.

Em texto escrito na última segunda-feira (15) por Adam Mosseri, principal executivo da empresa, disse que está “ouvindo a preocupação sobre se suprimimos as vozes negras e se nossos produtos e políticas tratam a todos igualmente”.

Com mais de 1 bilhão de usuários mensais, a rede social está sendo acusada de praticar “shadowban”. O termo se refere ao ato de bloquear ou limitar de forma discreta um usuário em uma comunidade online, tornando suas publicações menos suscetíveis a serem visualizadas por terceiros.

Segundo Mosseri, o Instagram é uma plataforma que “eleva as vozes negras”. O executivo, porém, admite que “os usuários negros são frequentemente assediados, têm medo de sofrerem shadowban e discordam de muitas retiradas de conteúdo.”

Para remediar a situação, será conduzida uma investigação para revisar quatro pontos do aplicativo: as acusações de assédio, a prática de verificação de contas, o método de distribuição de conteúdo e os aspectos técnicos do algoritmo.

Mosseri não deu um prazo exato de quando os estudos serão concluídos, mas disse que “o trabalho levará algum tempo e que atualizações da plataforma para corrigir o problema serão lançadas nos próximos meses”.

Já sobre ações com resultados mais imediatos, Mosseri informou que a empresa vai adotar práticas mais transparentes sobre suas políticas de uso. Uma delas será divulgar mais informações sobre os tipos de conteúdo que a rede social evita recomendar na aba “Explore” e em outras seções do aplicativo.

A empresa também anunciou uma ferramenta que torna mais simples a criação de campanhas de arrecadação de recursos para organizações que apoiam causas ligadas à justiça racial nos Estados Unidos através da criação de um adesivo personalizado para a realização de doações.

Acompanhe tudo sobre:InstagramRedes sociais

Mais de Tecnologia

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble

Apple se prepara para competir com Amazon e Google no mercado de câmeras inteligentes