Wesley Barbosa (INFO)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h27.
São Paulo - O executivo de negócios do Baidu no Brasil Wesley Barbosa defendeu, durante a palestra de encerramento da quarta edição do INFOTrends, que uma das formas de inovar é pensar dentro da caixa.
De acordo com Barbosa, a ideia comum de que para criar novos produtos é preciso pensar fora da caixa nem sempre é verdadeira. A caixa é nossa casa, é onde nos sentimos confortáveis e o ambiente em que podemos ter novas ideias, disse o executivo do Baidu.
Barbosa afirmou, no entanto, que é possível seguir métodos pré-estabelecidos para conduzir um processo de inovação e citou três passos principais: a subtração, a divisão e a soma de atributos.
Subtração, como o próprio nome diz, consiste em retirar uma função de um produto que já existe. Um exemplo citado por Barbosa foi a criação dos earphones, que são uma redução dos headphones, já que não possuem a concha acústica.
Quando a Apple criou o iPod Touch, ela realizou uma subtração, pois tirou a função telefone do iPhone. O iPod Touch vendeu 60 milhões de unidades no mundo, o que podemos considerar um enorme sucesso e uma inovação da Apple, disse Barbosa.
Outro método citado por Barbosa é o da divisão. Quando os fabricantes criaram o controle remoto, por exemplo, eles dividiram a TV, criando um painel de controle que o usuário pode usar remotamente. O mesmo raciocínio se aplica à fabricação de impressoras de jato de tinta que usam cartuchos independentes para cada cor básica. Com essa medida, eliminaram o problema de você precisar trocar o cartucho todo quando acabava apenas uma cor, afirmou Barbosa.
O terceiro método citado por Barbosa é o da multiplicação, quando se adicionam funções a um dispositivo. Um exemplo usado pelo executivo na palestra foi a criação dos smartphones, telefones móveis que ganharam múltiplas novas funções.
Segundo Barbosa, os métodos são guias que podem ajudar as empresas e os profissionais a inovar em seus negócios e carreira. As formas de descobrir um novo produto que será a próxima febre mundial são muitas, mas usar estes conceitos pode ser um atalho no processo de inovação, diz Barbosa.