Segundo a investigação, a Cambridge Analytica usou dados de usuários de Facebook para criar um programa para prever e influenciar o voto dos eleitores (Justin Sullivan/Getty Images)
AFP
Publicado em 20 de março de 2018 às 11h21.
Última atualização em 20 de março de 2018 às 13h37.
Uma comissão parlamentar britânica solicitou o comparecimento do fundador e presidente do Facebook, Mark Zuckeberg, para esclarecer o uso ilícito de informações pessoais de usuários da rede social supostamente empregado pela empresa Cambridge Analytica.
"Chegou o momento de ouvir um alto executivo do Facebook com autoridade suficiente para explicar este grande fracasso", disse Damien Collins, o deputado que preside o comitê, na convocatória dirigida a Zuckerberg.
"O comitê perguntou insistentemente ao Facebook como as empresas adquirem e retêm informação dos usuários, e em particular se pegam seus dados sem seu consentimento", explicou Collins.
"As respostas de seus representantes" a essas perguntas "subestimaram consistentemente este risco e foram enganosas", narrou o deputado.
Segundo a investigação realizada pelos jornais The New York Times e The Observer (a edição dominical do jornal britânico The Guardian), a Cambridge Analytica usou dados de milhões de usuários de Facebook, sem seu consentimento, com os quais teria criado um programa destinado a prever e influenciar o voto dos eleitores.
O interesse nas atividades de Cambridge Analytica foi redobrado após a transmissão no domingo de um reportagem do Channel 4 na qual os diretores ofereciam a um jornalista que se fez passar por cliente potencial desacreditar seus rivais políticos envolvendo-os com prostitutas ou subornos, por exemplo.