Tecnologia

Indústria aérea quer sistema global para emissões de CO2

A indústria aérea pediu nesta segunda-feira a criação de um mecanismo global obrigatório para estabilizar suas emissões de CO2 a partir de 2020

Aviões (Reuters)

Aviões (Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 16h05.

Montreal - A indústria aérea pediu nesta segunda-feira a criação de um mecanismo global obrigatório para estabilizar suas emissões de CO2 a partir de 2020, temendo que a multiplicação de sistemas regionais, como o imposto europeu, acabe em uma guerra comercial.

O diretor geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), Tony Tyler, se disse "otimista" em relação à possibilidade de que os Estados membros da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) estabeleçam princípios para a criação de um mecanismo nesse sentido na reunião trienal deste organismo especializado da ONU, que começa terça em Montreal.

"Precisamos de um mecanismo para fazer com que a indústria pague por seu crescimento a partir de 2020", disse Tyler à imprensa. "Acreditamos que um mecanismo mundial obrigatório de compensação de CO2 seria mais simples e mais fácil de estabelecer".

"Temos sete anos antes de colocá-lo em prática. É factível (...), se a Assembleia da OACI estabelecer o que deve ser feito para 2020 e enquanto isso". Tyler reconheceu que, embora haja muitos detalhes a serem resolvidos sobre o funcionamento deste sistema, um mecanismo deste tipo seria preferível a um mosaico de medidas tomadas pelos Estados individualmente.

Isso nos deixaria "à beira da guerra comercial", disse. "Pode haver uma proliferação de mecanismos regionais de impostos, cargas, formas de penalizar a indústria (por suas emissões de CO2)", acrescentou. "Isto pode levar a uma duplicação de mecanismos, às vezes contraditórios, o que poderá nos levar a pagar duas vezes pela mesma emissão".

Vários países já manifestaram a sua rejeição a um sistema global, incluindo Estados Unidos e Índia.

A União Europeia (UE) congelou por um ano, no dia 30 de abril, seu imposto sobre o C02 para voos intercontinentais a partir ou com destino aos seus 28 países membros.

O imposto europeu provocou uma forte reação de muitos países membros da OACI. A China ameaçou inclusive adotar medidas de represália contra a fabricante europeia de aviões Airbus.

Acompanhe tudo sobre:AviõesINFOMeio ambienteTransportesVeículos

Mais de Tecnologia

Gigantes das redes sociais lucram com ampla vigilância dos usuários, aponta FTC

Satélites da SpaceX estão causando interferência nos equipamentos de pesquisadores, diz instituto

Desempenho do iPhone 16 chama atenção e consumidores preferem modelo básico em comparação ao Pro

iPhone 16 chega às lojas – mas os recursos de inteligência artificial da Apple, não