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Índia vive revolta no Twitter contra repressão na Internet

A reação surge após a Índia pressionar o Twitter, ameaçando adotar "medidas apropriadas" caso o site de microblogging não apagasse contas o mais cedo possível


	Twitter fora do ar: governo exigiu que provedores de serviços de Internet bloqueassem cerca de 20 contas
 (Reprodução/Twitter)

Twitter fora do ar: governo exigiu que provedores de serviços de Internet bloqueassem cerca de 20 contas (Reprodução/Twitter)

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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2012 às 09h25.

Nova Délhi - O governo indiano enfrentou uma reação irada de usuários do Twitter nesta quinta-feira após exigir que provedores de serviços de Internet bloqueassem cerca de 20 contas que autoridades afirmaram ter divulgado material alarmista que ameaça a segurança nacional.

A reação surge após a Índia pressionar o Twitter, ameaçando adotar "medidas apropriadas" caso o site de microblogging não apagasse as contas o mais cedo possível. Vários jornais indianos afirmaram que isso poderia significar uma proibição total de acesso ao Titter na Índia, mas autoridades do governo não confirmaram à Reuters que uma ação tão drástica estava sendo considerada.

O Twitter, que não tem um escritório na Índia, se recusou a comentar. Há cerca de 16 milhões de usuários do Twitter no país sul-asiático.

O governo assumiu uma postura defensiva nesta semana devido ao que críticos veem como uma repressão desajeitada a redes sociais -- incluindo o Google, o YouTube e o Facebook -- que levantou questões sobre a liberdade de informações na maior democracia do mundo.

"Caro governo da Índia, tire suas mãos da minha Internet ou enfrente protestos", tuitou um usuário, @Old_Monk60.

A Índia bloqueou o acesso a mais de 300 páginas da Web após mensagens de texto e imagens editadas publicadas na internet incentivarem rumores de que muçulmanos, uma grande minoria no país predominantemente hindu, planejavam dar cabo de ataques como vingança contra a violências no estado de Assam, no nordeste do país, onde 80 pessoas foram mortas e 300 mil foram deslocadas desde julho.

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