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Incorporação da GVT ajudará Telefônica a competir com NET

Rede nova com fibras muito próximas das casas dos usuários deve conferir melhores condições de competir na banda larga, diz presidente da Telefônica/Vivo


	GVT: historicamente, a empresa mantém foco em um mercado premium
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GVT: historicamente, a empresa mantém foco em um mercado premium (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2014 às 18h34.

São Paulo - A aprovação da compra da GVT pela Telefônica/Vivo criará uma empresa de mais de 100 milhões de acessos totais, um EBITDA de 4,39 bilhões de euros e 6,56 milhões de acessos de banda larga fixa.

Além disso, tendo uma rede nova com fibras muito próximas das casas dos usuários, a GVT deve conferir à Telefônica melhores condições de competir no mercado de banda larga, na visão do presidente da Telefônica/Vivo, Antonio Carlos Valente.

"Tem uma operadora que tem 69% do market share da banda larga de 2 a 12 Mbps em São Paulo e de 49% no Brasil. É mérito dela, mas (com a GVT) vamos tentar competir", diz Valente sem citar o nome da empresa, mas em uma clara referência à operadora de TV a cabo Net Serviços, do grupo América Móvil.

"A GVT não é uma telco tradicional, com redes legadas. É muito inovadora, com rede nova e agora com a Telefónica vai poder fazer muito mais, incluir mobilidade, por exemplo", disse Valente em conversas com jornalistas na Futurecom, que acontece essa semana em São Paulo.

Em entrevista coletiva, Valente esclareceu que a GVT ajudará a Telefônica a desenvolver melhor a estratégia de uso das tecnologias VDSL e fibra na oferta de banda larga, e essas cultura que a GVT já têm será importante para a Telefônica.

Equilíbrio

Para o presidente da GVT, Amos Genish, a união entre as duas operadoras pode equilibrar não apenas o mercado de banda larga, mas também o de TV paga.

"A fusão ajudará a equilibrar também o mercado de TV por assinatura, que está muito concentrado. E a estratégia da Telefônica de TV via fibra está muito em linha com o que já fazemos ou queremos fazer com nosso produto premium de IPTV", analisa Genish.

Premium

Historicamente, a GVT mantém foco em um mercado premium, disposto a pagar por serviços de qualidade e vem conseguindo um crescimento de mais de 27% em receita ao ano nos últimos cinco anos.

E os números apresentados por Genish refletem esse posicionamento: são 3,1 milhões de assinantes banda larga, com velocidade média de 14,3 Mbps, com 34% das novas vendas contratando 35 Mbps ou superior; 80% aderindo a planos ilimitados de voz; e 22% assinando pacotes de TV premium (o híbrido de DTH com IPTV).

Para o executivo da GVT, esse foco deve ser mantido: "Somos duas empresas focadas em segmentos de mercado muito claros e a junção deve ser favorável para confirmar o atendimento de ambas as empresas a todos os segmentos. Devemos continuar sendo premium", prevê Amos Genish.

A incorporação da GVT à Telefônica ampliará a oferta de serviços da subsidiária do grupo espanhol nesse mercado residencial de mais alto valor, mas, ao mesmo tempo, a ajudará na competição do mercado de banda larga em geral.

"O atendimento com a rede da GVT será como sempre, começando pelos usuários dispostos a pagar por serviços premium, e depois seguimos para as camadas mais básicas, e vamos expandindo a rede normalmente", acrescenta Valente.

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