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Imitação "bolivariana" de Facebook é lançada na Argentina

Em entrevista ao site britânico BBC World, representantes do Facebook não quiseram dar declarações sobre o lançamento da rede social latino-americana

A rede social foi claramente inspirada na rede de Zuckerberg (Reprodução)

A rede social foi claramente inspirada na rede de Zuckerberg (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2013 às 13h27.

São Paulo – Anunciada nesta semana na Argentina, a rede social Facepopular pretende competir com o Facebook pelo mercado latino-americano de usuários. Com um visual claramente inspirado no site criado por Mark Zuckerberg, o serviço pretende ser uma “alternativa bolivariana” às empresas criadas nos Estados Unidos.

O tom de crítica da nova rede social começa por seu nome: o “Face” não tem o significado de “rosto” como seu concorrente americano, mas é uma sigla que significa “Frente Alternativa Contra o Establishment”. Em inglês, “establishment” costuma se referir às ordens políticas, econômicas e ideológicas do Estado.

O lançamento do Facepopular faz parte do plano dos países latino-americanos membros da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) e da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) em integrar tecnologicamente a região por meio da construção de uma grande rede de fibra óptica.

Pensamento político e social ligado a alguns movimentos da esquerda latino-americana, o bolivarianismo tinha como seu principal expoente o presidente venezuelano Hugo Chávez, que faleceu em março deste ano. Em 2004, Chávez e Fidel Castro, líder da revolução cubana, fundaram a Alba (Aliança Bolivariana para as Américas), que pretende fazer frente aos Estados Unidos.

Em entrevista ao site britânico BBC World, representantes do Facebook não quiseram dar declarações sobre o lançamento da rede social latino-americana. Nesta semana, Iris Varela, ministra venezuelana de Assuntos Penitenciários afirmou que os cidadãos devem cancelar suas contas no Facebook, já que “estão trabalhando de graça como informantes da CIA”, por conta das acusações de espionagem conduzidas pelo governo americano.

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