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IBM oferecerá de graça programas alternativos ao Microsoft Office

Pacote terá aplicativos semelhantes ao Word, ao Excel e ao Power Point e poderá ser obtido na internet

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h35.

A briga entre as principais empresas de software do mundo deve esquentar nos próximos meses, com uma medida anunciada pela americana IBM. Para concorrer com os programas mais populares da compatriota Microsoft, a empresa oferecerá gratuitamente na internet um pacote de aplicativos semelhantes aos do Microsoft Office, com editor de texto próximo ao Word, um construtor de tabelas nos moldes do Excel e um programa para apresentações parecido com o Power Point, como informa a versão online desta terça-feira (18/09) do Wall Street Journal (WST).

Além de permitir download de graça, a IBM distribuirá o pacote, batizado de Symphony, a quem comprar a versão mais recente do software Notes, que a empresa vende hoje a 145 dólares por usuário, nos Estados Unidos.

Para elaborar o conjunto de programas, a companhia baseou-se nos avanços obtidos pelo Open Office, um projeto que reúne desenvolvedores de softwares interessados em criar alternativas gratuitas aos produtos da Microsoft e também serve de modelo para aplicativos desenvolvidos pela Sun Microsystems e pelo Google. Na semana passada, a IBM já havia anunciado que colaborará com a organização que coordena o projeto, a Open Office.org.

Segundo o WST, a jogada é uma forma de acelerar o interesse dos consumidores pelo Notes, que inclui e-mail e programa de mensagens instantâneas. O próprio chefe de software da IBM, Steve Mills, declarou ao jornal americano que "algo entregue de graça não será uma fonte de lucros em si", mas pode ajudar a liberar verba dos clientes corporativos para a compra de outros softwares da companhia.

Ameaça à Microsoft?

Na disputa pela adesão dos clientes, o Symphony levará vantagem no preço, pois ficará disponível gratuitamente na rede mundial, enquanto a edição doméstica do Microsoft Office custa 120 dólares, nos sites americanos de venda de softwares.

De acordo com analistas ouvidos pelo WSJ, muitas empresas - especialmente aquelas que não precisam contar com todos os recursos disponíveis nos programas da Microsoft - podem optar pelo software gratuito como forma de reduzir custos, diante da avaliação de que o recém-lançado Office 7.0, a nova versão do pacote da empresa de Bill Gates, pode trazer gastos muito altos para ser instalado num número grande de computadores.

No entanto, outros especialistas discordam da possibilidade de ameaça à Microsoft e citam o alcance da empresa como sinal de manutenção da sua estabilidade. Segundo a própria companhia, eles contam com 500 milhões de usuários de seus aplicativos, em todo o mundo, e venderam 71 milhões de licenças da nova versão do Office, no ano fiscal encerrado em 30 de junho.

 

 

 

 

 

 

 

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