IBM: empresa vai se dividir para focar em partes mais lucrativas do negócio (Joern Pollex/Getty Images)
Thiago Lavado
Publicado em 9 de outubro de 2020 às 14h10.
Última atualização em 9 de outubro de 2020 às 20h18.
A IBM afirmou nesta quinta-feira, 8, que vai se separar da unidade de infraestrutura de TI para se concentrar em computação em nuvem e inteligência artificial, áreas de margem de lucro elevada que têm visto alta de demanda conforme companhias buscam cada vez mais digitalizar seus negócios.
A IBM tem cortado negócios mais antigos ao longo dos anos para se concentrar em computação em nuvem e reduzir a dependência da venda de software e mainframes. Arvind Krishna, que assumiu o comando da IBM em abril, afirmou que o portfólio de software e soluções da companhia vai ser responsável pela maior parte da receita da empresa depois da separação.
A nova empresa, que ficará responsável pelo legado de infraestrutura de TI, será nomeada a partir do ano que vem. Segundo a BBC, a empresa contará com mais de 90.000 funcionário e terá uma ação própria. De acordo com Arvind Krishna, a nova companhia também terá 19 bilhões de dólares de faturamento anual e vai atender a 75% das empresas presentes no índice Fortune 100.
Krishna é conhecido como o "principal arquiteto" da maior aquisição da IBM, a companhia de software Red Hat, comprada por 34 bilhões de dólares no ano passado.
"O sucesso que tivemos com a Red Hat nos dá confiança de que estamos no caminho certo", disse Krishna, considerando a estratégia como uma "mudança significativa" no modelo de negócios da IBM. A separação das empresas será concluída até o final de 2021, afirmou a IBM.