Tecnologia

IA pode criar mais empregos do que destruí-los, garante estudo da OIT

Chegada do ChatGPT gerou temores sobre a transformação do mundo do trabalho e seu impacto na geração de vagas

Emprego: a inteligência artificial pode criar mais postos de trabalho do que destruí-los, segundo um estudo da OIT (Agence France-Presse/AFP)

Emprego: a inteligência artificial pode criar mais postos de trabalho do que destruí-los, segundo um estudo da OIT (Agence France-Presse/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 21 de agosto de 2023 às 18h38.

Última atualização em 21 de agosto de 2023 às 19h40.

A inteligência artificial (IA) tem mais chances de criar do que destruir empregos, segundo um estudo publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) nesta segunda-feira, 21.

O lançamento, em novembro, do programa ChatGPT, considerado uma revolução no uso da IA generativa, gerou temores sobre a transformação do mundo do trabalho e seu impacto nos empregos.

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Mas um novo relatório da OIT examina o efeito em potencial das plataformas de inteligência artificial e sugere que a maioria dos empregos e indústrias está apenas parcialmente exposta à automação.

Segundo esta agência da ONU, "é mais provável" que a maioria dos empregos e indústrias "seja complementada" mais do que "substituída" pela IA generativa.

"É provável que o maior impacto desta tecnologia não seja a destruição do emprego, mas mudanças potenciais na qualidade dos postos de trabalho, em particular a intensidade do trabalho e a autonomia", revela a publicação.

O estudo destaca que os efeitos desta nova tecnologia variam consideravelmente segundo as profissões e as áreas.

O trabalho administrativo em escritórios seria a categoria mais exposta, com quase um quarto das tarefas consideradas muito suscetíveis de serem afetadas, e mais da metade com nível médio de exposição.

Ao contrário, em categorias de cargos de direção e técnicos, apenas uma pequena parte dos trabalhos será afetada pela IA, segundo a pesquisa.

O estudo indica que os países de renda alta vão sofrer os efeitos mais importantes da automação, devido à grande proporção de trabalhos de escritório.

E destaca que as mulheres seriam mais propensas a serem afetadas do que os homens — mais que o dobro no caso dos países de rendas média e alta, devido à sub-representação delas no trabalho administrativo.

Os autores do estudo avaliam, no entanto, que nestes países apenas 5,5% do total de empregos ficariam potencialmente expostos aos efeitos do uso da IA generativa e apenas 0,4% no caso de países em desenvolvimento.

O informe ressalta, ainda, que as repercussões sócio-econômicas da IA generativa "vão depender em grande medida de como se gerencia" sua difusão.

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