EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h30.
SÃO PAULO Oito americanos receberam, na sexta-feira, o implante de chips de silício com informações médicas sobre eles. Essas pessoas, portadoras do mal de Alzheimer, são as primeiras no mundo a testar se o chip criado pela Applied Digital Solutions, o VeriChip, funcionará.
De acordo com o LATimes.com, o equipamento quase invisível também poderá ser usado por outros humanos com histórico médico complicado. O chip só é perceptível com o auxílio de scanners especiais, que ativam a leitura do mesmo por ondas de rádio. Mas, por enquanto, segundo a matéria, os pacientes ainda não terão dados específicos, como alergia a determinados medicamentos, por exemplo: apenas o endereço e a identificação de quem é aquela pessoa.
A Applied Digital diz que há pelo menos quatro mil pessoas na lista de espera por um implante igual por motivos que vão de alergia a antibióticos a querer se sentir mais seguro em caso de acidentes ou seqüestro.
Mas, mesmo tendo sido liberado pela FDA (o organismo que regula o setor de alimentos e medicamentos nos EUA), o VeriChip ainda está cercado de muita polêmica: o diretor do Centro de Privacidade da Informação Eletrônica, Marc Rotenberg, por exemplo, acredita que o produto será usado para se controlar pessoas. "As pessoas podem decidir que seus filhos devem fazer o implante, ou ainda seus próprios pais, como uma maneira mais fácil de administrá-los. É como colocar uma coleira em um animal de estimação", declarou.
A Applied Digital afirmou ao LATimes já ter recebido diversos pedidos do México e do Brasil, não só de empresas interessadas em comercializar o VeriChip como também do governo - como uma forma de ajudar no resgate de pessoas seqüestradas. Nos Estados Unidos, cada chip sai por 200 dólares, mais uma taxa mensal de 10 dólares para o serviço de armazenamento de dados.