Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2013 às 09h00.
Avaliação de Giovana Penatti / Já tivemos diversas vezes a experiência de mexer com o Windows 8 em telas pequenas de tablets e ultrabooks. Com o Envy 23, foi a primeira vez que o vimos em 23 polegadas. Dá para afirmar, ao observar as características da tela desse tudo-em-um da HP, que ele foi feito para o novo sistema operacional da Microsoft.
O Envy 23 tem com processador Intel Core i5 3330S quad-core de 2,7 GHz. Esse processador foi definido pelos técnicos do INFOlab como um um processador de notebook envenenado por ser melhor que os quad core mobile, mas não chegar ao nível dos encontrados em desktops de torre.
Também há 6 GB de RAM e um HDD bastante generoso e rápido de 2 TB. Na parte gráfica, o desktop conta com uma GPU AMD Radeon HD 7650A de 2 GB. Mas, como a banda de memória dessa placa é de apenas 128 bit, dá impressão de que haverá muita memória ociosa nos 2 GB dedicados.
O resultado dessas configurações foi um desempenho medíocre nos testes de benchmark em comparação a outros modelos de all-in-one da HP que o INFOlab testou em 2012. Até modelos ainda mais antigos, como o iMac da geração passada, obtiveram resultados mais impressionantes.
Benchmark PCMark 7 (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho
HP Wokrstation Z1
HP Envy 23
HP TouchSmart 420
Benchmark 3DMark 11 (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho
HP Wokrstation Z1
HP Envy 23
HP TouchSmart 420
Benchmark 3DMark 06 (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho
HP Wokrstation Z1
HP Envy 23
HP TouchSmart 420
No entanto, a placa de vídeo tem seus momentos. Ela se saiu melhor que outros modelos no teste de codificação de vídeo: terminou a tarefa em 12 segundos, enquanto nos outros a demora foi de mais de 20 segundos. Aliando essa característica à qualidade da tela (mais sobre ela logo abaixo), concluímos que o Envy 23 é uma boa opção para um produtor de vídeos independente, por exemplo.
O sistema operacional que o all-in-one utiliza é o Windows 8 na versão Single Language aparentemente, a única diferença significativa está na ausência de um Media Center. Também não tem um sistema de criptografia ou acesso remoto, característicos da versão Pro.
É provável que o maior mérito do Envy 23 esteja na tela capacitiva justamente por ser capacitiva, enquanto a maioria dos desktops desse tipo utiliza infravermelho. A vantagem é que, nesse tudo-em-um, a tela é mais sensível e precisa, além de reconhecer até dez dedos simultâneos (nos melhores monitores com infravermelho, o máximo é dois). Isso possibilita, também, maior versatilidade e utilidade dos gestos. Outra vantagem desse display específico é que a gordura dos dedos não adere muito à superfície.
Levando em consideração a nova interface do Windows 8, que é otimizada para controle por toque, a tela capacitiva é particularmente útil. Todos os atalhos por gesto têm boa resposta e funcionam sem nenhuma dificuldade a maior provavelmente será decorar a função de cada gesto.
Quanto à qualidade do display, temos uma tela Full HD de qualidade semelhante ao Yoga. No entanto, utilizar o Windows 8 em uma tela de 13 polegadas é bem diferente de uma de 23 devido apenas à diferença no tamanho: a distância entre os ícones no Envy é bem maior, o que também faz com que cansar de utilizá-lo seja bem mais rápido.
A qualidade do áudio que sai das caixas de som do Envy 23 é muito boa. Cada tom tem seu lugar garantido na reprodução de música, com os graves presentes sem exageros e os agudos nunca distorcidos. O volume não é alto, mas a qualidade compensa; é incomum encontrar em computadores um som tão bom.
É uma máquina bem construída, apesar de ser toda de plástico. Foi utilizado um acabamento metalizado no suporte e na base da tela que deixa o visual bonito e vistoso. Há, no entanto, uma falha considerável no design: o vazamento de luz da tela na parte traseira pela saída de ar.
Nas dimensões, nenhuma surpresa ou exagero, tendo o tamanho esperado de um tudo-em-um de 23 polegadas. Somente o mecanismo de inclinação da tela, que é extremamente suave, vale uma menção.
O mouse e teclado sem fio que acompanham também não têm nada de novo a única diferença está no símbolo da tecla Windows, que foi atualizado. O padrão do teclado é ABNT-II.
Atrás da tela, também ficam a maioria das conexões: quatro USB 2.0, Gigabit Ethernet, P2 para subwoofer e outra saída P2 genérica para áudio. As portas mais utilizadas ficam na lateral: duas USB 3.0, entrada de cartões SD, DHC, SDXC, MS e xD e P2 para fone de ouvido.
É estranho que apenas duas das USB sejam 3.0 e quatro sejam 2.0, já que o chipset do Ivy Bridge já inclui os controladores para essa porta e o custo de implementação é o mesmo. O motivo é que a placa-mãe utilizada no Envy 23 é da época dos chipsets para Sandy Bridge, que não tinham esses controladores.
Também fizeram falta conexões de vídeo, tanto de entrada como de saída, ainda mais levando em consideração que o Envy 23 é uma boa opção para editar vídeos.
Tela | 23 touchscreen |
---|---|
Processador | Intel Core i5-330S 2,7 GHz (Ivy Bridge) |
RAM | 6 GB |
Armazenamento | HDD de 2 TB |
GPU | AMD Radeon HD 7650A 2 GB |
Drive | Gravador de Blu-ray |
Conectividade | Wi-Fi |
SO | Windows 8 Single Language |
Prós | Excelente tela sensível ao toque; boa configuração; áudio de ótima qualidade. |
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Contras | Desempenho aquém do esperado em benchmarks de vídeo; poderia ter adotado mais portas USB 3.0. |
Conclusão | Boa máquina para produtores de vídeo independentes. |
Configuração | 9,0 |
Vídeo e áudio | 9,0 |
Conectividade | 7,7 |
Design | 7,6 |
Média | 8.6 |
Preço | R$ 6499 |