Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2012 às 07h15.
Avaliação de Giovana Penatti / Se precisasse definir o tablet Slate 2 em uma palavra, confortável não seria a escolhida. Ele parece não ter sido feito para ficar na mão: pesado (703 gramas) e espesso (tem 1,5 centímetros de espessura), é cansativo segurá-lo por muito tempo. Apesar disso, ele é bastante ergonômico. O formato quadrado encaixa bem na mão e a traseira, feita em material em preto fosco, ajuda a impedi-lo de escorregar.
A pior parte fica por conta do touchscreen, que é praticamente impossível de usar sem a caneta Stylus. Até porque, sem o botão lateral dela, não dá para executar ações que precisem de um botão direito. Mas isso não é culpa da tela (que, aliás, tem boa precisão e sensiblidade), e sim do sistema operacional: o Windows 7 foi o escolhido para o tablet e é a prova de que não funciona nesse tipo de gadget, pois tem poucos aplicativos especiais para o touchscreen. O lado bom do sistema operacional ser Windows é que a maior parte dos usuários está acostumada a ele, há uma boa integração com periféricos e variedade de aplicativos compatíveis.
Por outro lado, a obrigatoriedade de uso da caneta Stylus faz com que ele pareça um tanto quanto ultrapassado e até digitar se torna desconfortável usando só os dedos, apesar de ter um bom teclado virtual. Com a função swype fica mais fácil, mas ainda é melhor usar a caneta que acompanha o produto. Dessa forma, fica perfeito. Também é possível diminuir o tamanho do teclado, facilitando a digitação com esse recurso.
Dissemos anteriormente que ele não parece ter sido feito para ficar na mão. Prova disso é o dock que o acompanha e ajuda a transformá-lo num computador de mesa: com as portas USB (duas 2.0) e HDMI que o dock tem, é possível conectar monitor, teclado e mouse. A duração da bateria também ajuda a mantê-lo sempre numa mesa, já que durou 3h25 nos testes do INFOLab, mas pode aguentar mais se o usuário utilizar menos recursos ao mesmo tempo.
Com um processador Intel Atom Z670 de 1,5 GHz e memória RAM de 2 GB DDR2, ele tem desempenho fraco e é bastante lento para realizar tarefas. Um exemplo prático desse desempenho é a tentativa do INFOLab de assistir um vídeo de 720p no Slate 2: o vídeo ficou travando e sem sincronia com o áudio e o teste foi realizado com três players diferentes e seus respectivos codecs instalados, ou seja, não era problema no arquivo.
Um lado positivo é o espaço de armazenamento interno de 64 GB, mais do que a maioria dos tablets, além do slot para cartão SD (no quesito conectividade, além dele, há apenas um a porta USB 2.0 e uma saída P2). Outro, é o 3G. Na câmera, ele volta a decepcionar: traseira tem 3 MP e a frontal, 0,3 MP uma configuração muito pequena para um tablet atualmente, além de ambas produzirem imagens de baixa qualidade. A traseira ainda é mal localizada, fica no meio do tablet. E, falando em imagem, a resolução máxima da tela de 8,9 poderia ser maior que 1024 x 768. Os dois alto-falantes também decepcionam: o som sai sem graves e com agudos estridentes.
O Slate 2 poderia ser muito melhor, ainda mais levando em conta o preço sugerido de 2.759 reais. Mas pode servir para negócios, especialmente para armazenar e fazer pequenas edições em arquivos.
Tela | 8,9 |
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Processador | Intel Atom Z670 1,5 GHz (1 core e 2 threads) |
GPU | GPU Intel Graphics 600 |
RAM | 2 GB DDR 2 |
Armazenamento | 64 GB |
Dimensões | 23,4 cm x 1,5 cm x 15 cm |
Peso | 703 g |
Duração de bateria | 3h25min |
Prós | Compatibilidade total com aplicações Windows; capacidade de armazenamento; teclado virtual swype; dock com porta USB 2.0 e HDMI para uso como desktop |
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Contras | Peso; espessura; interface ruim para telas touchscreen; duração de bateria; desempenho |
Conclusão | É um tablet que decepciona, especialmente pelo alto custo. Mas pode servir para trabalho. |
Configuração | 7,5 |
Usabilidade | 5,8 |
Bateria | 5,9 |
Design | 6,9 |
Média | 6.5 |
Preço | 2759 |