A HP é a maior companhia do mundo de tecnologia em faturamento (Justin Sullivan/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2011 às 21h15.
São Paulo - Embora a maior parte das receitas da divisão HP Networking (HPN) no Brasil ainda venha do mercado corporativo (equipamentos para empresas e suas filiais) e do setor de governo, a tendência é que em dois anos o segmento de service providers se torne o principal negócio da empresa, graças aos fortes investimentos nos data centers para oferta de serviços na nuvem. A avaliação é do gerente de soluções de arquitetura da HPN, Antônio Mariano.
O gerente regional de produtos da HP Networking, divisão da HP criada após a aquisição da 3Com em meados de 2010, Seth Goldhammer, concorda e garante que o Brasil é um dos principais mercados do segmento de infraestrutura de TI para a HP. "Temos clientes por aqui com o mesmo nível de sofisticação do que nos EUA. A diferença, muitas vezes, se limita à escala, que no Brasil acaba sendo um pouco menor."
De acordo com Mariano, 18% dos investimentos de TI na América Latina são voltados para virtualização das infraestruturas de TI, que é uma parte do processo para oferta de serviços de cloud computing. "Provedores de serviço, como operadoras de telecomunicações e data centers, já estão se preparando para oferecer serviços na nuvem e esse movimento deve começar a se consolidar no Brasil já a partir deste ano, com a oferta comercial de alguns serviços de cloud computing", garante.
Segundo o execuivo, uma pesquisa com os CIOs das principais empresas brasileiras mostra que mais da metade delas estão desenvolvendo projetos para implantar cloud computing ainda em 2011, internamente ou por meio de outsourcing.
Goldhammer lembra que computação em nuvem é um tema relativamente novo em todo o mundo. "As empresas ainda estão tentando entender o que é e como tirar vantagem do cloud computing. Por isso estamos realizando workshops nas empresas para explicar o que é e como se aplica ao negócio específico de cada tipo de empresa que visitamos." Para o executivo, a tendência é que as empresas adotem soluções híbridas de cloud computing, podendo manter algumas informações e aplicações mais críticas dentro de casa e outras aplicações terceirizadas.
Pesquisas de mercado apontam que a receita com a venda de equipamentos de redes de TI deve crescer entre 12% e 15% em 2011 e que só no segmento de data centers devem ser investidos globalmente cerca de US$ 40 bilhões em equipamentos de rede para suportar a oferta de serviços na nuvem.