Tecnologia

Hospitais públicos ganham ferramenta para medir qualidade da internet

Iniciativa do NIC.br deve ajudar os estabelecimento de saúde no uso da infraestrutura digital, além de facilitar o compartilhamento de prontuários médicos entre unidades  

Internet nos hospitais: a pandemia de covid-19 acelerou a adoção de ferramentas digitais em hospitais públicos (FG Trade/Getty Images)

Internet nos hospitais: a pandemia de covid-19 acelerou a adoção de ferramentas digitais em hospitais públicos (FG Trade/Getty Images)

Qual é o desempenho das conexões de internet nos hospitais públicos do país? Desde semana passada essa resposta pode ser obtida pela plataforma 'Conectividade na Saúde', que mapeia métricas como latência (medida de tempo para uma mensagem ir a um destino e voltar), velocidade de download, upload e perda de pacotes.

É possível também avaliar o histórico da qualidade da rede em locais como Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA), além de compará-la com a media de conexão da internet do entorno, possibilitando avaliar quais recursos digitais podem ser melhorados ou instalados no estabelecimento.

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A ferramenta é uma iniciativa do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), que é a entidade responsável pelo registro de domínio no Brasil, junto de um acordo de cooperação com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), que repassam os dados do Sistema de Medições do Tráfico de Internet (SIMET).

“Em linhas gerais, é uma iniciativa que estimula a instalação gratuita de medidores de tráfego de dados em todos os estabelecimentos públicos de saúde do país. Nessa primeira etapa, a prioridade é focar naqueles que trabalham com atenção primária, caso das Unidades Básicas de Saúde”, explica Cristiane Millan, analista de projetos do NIC.br, acrescentando que o critério para instalar o medidor é ser inscrito no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

Umas das missões da nova ferramenta é ajudar a promover a integração entre os estabelecimentos de saúde, de forma que informações e exames sejam compartilhados via prontuário eletrônico, facilitando a rotina dos profissionais da área, dos usuários dos serviços e dos próprios gestores.

“De posse do histórico do paciente, o médico, por exemplo, terá condições de fazer uma avaliação mais abrangente, tornando o atendimento mais célere e completo. As unidades voltadas à atenção primária, onde é feita a primeira triagem, poderão fornecer dados para estabelecimentos de áreas mais especializadas. Para viabilizar tudo isso, é preciso contar não apenas com Internet, mas com uma conexão de qualidade, justamente o que nossa ferramenta verifica. Por essa razão, ela tem papel estratégico”, afirma Paulo Kuester Neto, analista de projetos do NIC.br.

Além do intercâmbio de informações, uma boa conectividade oferece condições técnicas para a execução de atividades de telessaúde, como a teleconsulta, modalidade regulamentada de forma emergencial durante a crise sanitária desencadeada pela covid-19. “Em síntese, a tecnologia facilitaria o atendimento de comunidades mais isoladas, em locais de difícil acesso”, completa Kuester Neto.

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