comida (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2014 às 09h51.
A Holanda superou França e Suíça e foi considerado o país com a comida mais nutritiva, abundante e saudável do mundo, ao passo que os EUA e o Japão não ficaram nem entre os 20 melhores, de acordo com um novo ranking divulgado na terça-feira pela organização humanitária britânica Oxfam.
O Chade é o último entre os 125 países da lista, imediatamente atrás de Etiópia e Angola. O Brasil aparece em 25º lugar, melhor resultado da América Latina.
"A Holanda criou um bom mercado que permite que as pessoas obtenham alimento suficiente. Os preços são relativamente baixos e estáveis, e o tipo de comida que as pessoas estão consumindo é balanceada", disse em entrevista Deborah Hardoon, pesquisadora-sênior da Oxfam que compilou os dados.
A Oxfam avaliou a disponibilidade, qualidade e preço dos alimentos e da saúde alimentar. Examinou também o percentual de crianças abaixo do peso, a diversidade alimentar e o acesso à água limpa, além de aspectos negativos, como obesidade e diabetes.
Os países europeus dominam a lista, mas a Austrália conseguiu um lugar entre os melhores, empatando com Irlanda, Itália, Portugal e Luxemburgo no oitavo lugar.
Já a parte de baixo da lista é dominada por países africanos, embora alguns asiáticos apareçam entre os 30 piores - Laos (112º. lugar), Bangladesh (102º.), Paquistão e Índia (empatados em 97º.).
Embora os EUA tenham a comida mais barata, e de boa qualidade, seus altos níveis de obesidade e diabetes derrubam o país para o 21º lugar no ranking, empatado com o Japão, que teve um mau resultado por causa do preço alto dos alimentos em comparação a outros produtos.
O Chade foi para a lanterna porque lá a comida é caríssima em comparação a outras coisas, e há muitas crianças abaixo do peso ideal -- 34 por cento. Só Guiné e Gâmbia, também na parte de baixo do ranking, têm alimentos proporcionalmente mais caros.
Burundi, Iêmen, Madagáscar (todos abaixo da centésima posição) e Índia são os países com maior prevalência de desnutrição e crianças abaixo do peso, segundo a Oxfam.
De acordo com a ONG, 840 milhões de pessoas passam fome a cada dia, apesar de o mundo produzir alimentos suficientes para todos. Por isso, a organização propõe mudanças na forma como a comida é produzida e distribuída em nível mundial.