Tecnologia

Holanda inicia processo contra Rússia para libertar ativistas

Holanda lança processo contra Rússia para libertar ativistas do Greenpeace

ministro (©afp.com / NICHOLAS KAMM)

ministro (©afp.com / NICHOLAS KAMM)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2013 às 09h03.

A Holanda anunciou nesta sexta-feira (4) que vai iniciar uma ação judicial para obter a libertação dos ativistas do Greenpeace detidos pela Rússia no barco "Artic Sunrise" depois de um protesto em uma plataforma petroleira no Ártico.

A justiça russa indiciou na quinta-feira por "pirataria" os 30 ativistas do Greenpeace que participaram de uma ação no Ártico.

Os membros da tripulação, quatro russos e 26 estrangeiros de 17 países, incluindo a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, estão detidos em Murmansk e proximidades, noroeste da Rússia, desde 19 de setembro, quando um comando da guarda costeira russa abordou o 'Arctic Sunrise', que navegava pelo mar de Barents (Ártico russo).

Vários ativistas tentaram escalar uma plataforma de petróleo da Gazprom para denunciar os riscos para o meio ambiente da exploração da região.

Na Rússia, o crime de pirataria pode ser punido com uma pena de entre 10 e 15 anos de prisão. Os militantes negaram as acusações e atribuíram à Rússia uma ação ilegal no barco em águas internacionais.

Timmermans acrescentou que, se não ocorrer nenhum avanço nas próximas duas semanas, seu país poderá levar o caso ante o Tribunal Internacional do Direito do Mar, encarregado de legislar sobre a citada Convenção.

O Greenpeace imediatamente "aplaudiu" a decisão holandesa. "A Holanda assumiu um posicionamento firme em vista da defesa da lei e do direito à manifestação pacífica", declarou Jasper Teulings, advogado do Greenpeace, citado em um comunicado.

"As autoridades russas deverão justificar suas ações perante um tribunal internacional, e a Rússia será incapaz de justificar estas alegações absurdas de pirataria", acrescentou a mesma fonte.

O porta-voz do ministério das Relações Exteriores afirmou que a composição do tribunal arbitral será determinada conjuntamente pelos dois países. O Greenpeace apoiou que o tribunal arbitral seja composto por cinco membros.

Até o momento, apenas a Holanda assumiu uma posição publicamente e pediu a libertação dos ativistas. Mas Haia reconheceu o direito da Rússia de apresentar "a tripulação a um juiz russo".

O ministro Timmermans escreveu em sua carta que "a Holanda continua a privilegiar uma solução diplomática" para o caso.

O presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu na semana passada que os ativistas não eram "piratas", mas ressaltou que eles tinham "violado o direito internacional".

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaHolandaINFOMeio ambientePaíses ricosRússia

Mais de Tecnologia

Gigantes das redes sociais lucram com ampla vigilância dos usuários, aponta FTC

Satélites da SpaceX estão causando interferência nos equipamentos de pesquisadores, diz instituto

Desempenho do iPhone 16 chama atenção e consumidores preferem modelo básico em comparação ao Pro

iPhone 16 chega às lojas – mas os recursos de inteligência artificial da Apple, não