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Com smartphone, Histórias Visuais reinventa mercado audiovisual brasileiro

Produtora de conteúdo smart oferece cobertura em tempo real de eventos, editoriais e transmissões em linguagem digital

Histórias Visuais: produtora é pioneira em conteúdo smart (Histórias Visuais/Divulgação)

Histórias Visuais: produtora é pioneira em conteúdo smart (Histórias Visuais/Divulgação)

LP

Laura Pancini

Publicado em 19 de fevereiro de 2022 às 11h00.

A publicidade precisa acompanhar a agilidade das redes sociais e, para isso, é necessário ter o mais fiel escudeiro ao seu lado: o smartphone. Existem celulares com ferramentas de captação avançadas e que já competem lado a lado com os equipamentos tradicionais – e que, nas mãos certas, podem oferecer um conteúdo de alta qualidade.

Assim surgiu a Histórias Visuais. Fundada pela publicitária Leila Oliveira, a HV é a primeira produtora smart especializada na cobertura em tempo real de eventos, editoriais e transmissões, além dos fashion videos – não fashion film, termo mais tradicional do mercado, mas que traz a conotação do ‘offline’. Tudo num formato flexível, compacto e ágil.

Ao todo, são só sete funcionários na área de produção de conteúdo: três smartmakers (nome dado por Oliveira aos colaboradores responsáveis pelas gravações), dois editores e um redator. Em seus quatro anos de existência, a marca já trabalhou com gigantes como Riachuelo, Morana, Moschino, Sephora, McDonald’s e Teleton. O último foi para um comercial que passaria na TV, gravado inteiramente em um Samsung Galaxy S10 Plus e entregue em qualidade 4K.

Por trás de um photoshoot feito pela Histórias Visuais para a rede de acessórios Morana

Por trás de um photoshoot feito pela Histórias Visuais para a rede de acessórios Morana (Histórias Visuais/Divulgação)

Nas gravações, os smartmakers levam gaiola, tripé, um bastão de LED e, atualmente, o Galaxy S21 Ultra. A HV usa exclusivamente a linha Galaxy – a equipe vai pegar o novo S22 Ultra já semana que vem, conta a fundadora.

O equipamento leve e a equipe pequena acabam abaixando o orçamento, outro atrativo para quem contrata a HV ao invés de uma produtora tradicional. Na pandemia, tais fatores acabaram sendo uma vantagem na cobertura de eventos – o faturamento, inclusive, cresceu 600% entre 2019 e 2020 e 355% em 2021. A expectativa é que 2022 tenha um crescimento de 150%, mas a HV não especifica números. 

“Com a produção de conteúdo pelo próprio smartphone, muitas vezes saímos de uma diária de campanha com os vídeos prontos para serem postados e com a qualidade que precisamos”, conta Nara Dutra, Head de Marketing da rede de acessórios Morana, sobre sua experiência com a HV.

A produtora nasceu a partir de uma insatisfação da fundadora, que trabalhava com marketing digital e não encontrava fornecedores que produzissem conteúdos com identificação, agilidade e em alta quantidade.

Uma equipe de filmagem, por exemplo, faria somente uma gravação curta para uma ação, quantidade muito limitada para as redes sociais dos últimos anos. Instagram, Snapchat, Facebook, WhatsApp – atualmente, todos têm opção para vídeos curtos, muito devido ao sucesso do TikTok.

“Antes eu precisava de um vídeo de campanha, hoje preciso de 10 e, produzindo da forma antiga, além de sair muito caro, o processo é lento e não tem a linguagem adequada para os canais digitais”, relembra Dutra.

Vale ressaltar que o Instagram é o favorito das marcas, especialmente do ramo de moda e acessórios, e o próprio head do app, Adam Mosseri, já afirmou que a rede social não tem mais foco em fotos. “[Percebi] que o mercado inteiro ia começar a fazer esse movimento de contar em tempo real. Naquela época estávamos falando só de feed e stories. Hoje já temos Reels, IGTV… os formatos mudaram, e a HV foi acompanhando isso”, conta Oliveira.

Além das produções de conteúdo, a Histórias Visuais tem feito treinamentos e consultorias a fim de transmitir e ensinar mais sobre o conteúdo smart – apelidado carinhosamente de “smartverso” pela fundadora. Em seus canais, a marca publica gravações dos bastidores que mostram como é a produção com o celular.

“Para nós, é vantajoso mostrar como fizemos um trabalho enorme com uma estrutura tão compacta”, disse Oliveira. “O conteúdo smart entra no audiovisual para mudar mesmo, sabe? Com uma gaiola e um smartphone, você pode estar produzindo para grandes veículos e em diversos formatos.”

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