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Hassan Rohani veta proibição de WhatsApp no Irã

O presidente iraniano utilizou o veto presidencial para impedir a proibição do WhatsApp, decretada por uma instância administrativa

Hassan Rohani, presidente do Irã, em discurso: decisão tinha sido decretada após a compra do WhatsApp pelo Facebook (AFP)

Hassan Rohani, presidente do Irã, em discurso: decisão tinha sido decretada após a compra do WhatsApp pelo Facebook (AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2014 às 11h19.

Teerã - O presidente iraniano, Hassan Rohani, utilizou o veto presidencial para impedir a proibição do WhatsApp, decretada por uma instância administrativa após a compra pelo Facebook deste aplicativo de mensagens instantâneas, informaram os meios de comunicação iranianos.

O Irã bloqueia o acesso a Twitter, Facebook e YouTube, assim como a outros sites classificados como contrários aos valores islâmicos ou hostis ao Irã.

A decisão de proibir este aplicativo foi adotada por um comitê de avaliação de conteúdos criminais na internet, criado em 2009 após as manifestações contra a controversa reeleição do presidente Mahmud Ahmadinejad, organizada via redes sociais.

"Foi abordada a questão da proibição do WhatsApp e o presidente ordenou que esta decisão fosse paralisada", declarou o ministro das Telecomunicações, Mahmud Vaezi, citado pelo jornal reformista Shargh.

"Enquanto não tivermos uma alternativa para estes sites, o governo se opôs a sua proibição", acrescentou.

O secretário deste comitê de avaliação, Abdolsamad Jorramabadi, afirmou à agência Fars no início do mês que a decisão foi tomada após a compra do WhatsApp em fevereiro pelo fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, classificado de "americano sionista".

Desde sua eleição, em junho de 2013, Hassan Rohani tenta suavizar as restrições políticas e culturais, em especial a censura nas redes sociais, apesar da oposição de autoridades conservadoras. Segundo números oficiais, mais de 30 milhões de iranianos utilizam as redes sociais.

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