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Hackers russos invadem servidores e roubam dados de Trump

Os hackers foram capazes de acessar todo o sistema do Comitê Nacional Democrata e leram todas as trocas de e-mail e mensagens de representantes do órgão


	Hackers: os hackers foram capazes de acessar todo o sistema do Comitê Nacional Democrata e leram todas as trocas de e-mail e mensagens de representantes do órgão
 (Thomas Samson/AFP)

Hackers: os hackers foram capazes de acessar todo o sistema do Comitê Nacional Democrata e leram todas as trocas de e-mail e mensagens de representantes do órgão (Thomas Samson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2016 às 15h11.

Washington - Hackers ligados ao governo da Rússia invadiram servidores do Comitê Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês) e tiveram acesso à base de dados sobre o virtual candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, informou nesta terça-feira o jornal "The Washington Post".

Os hackers russos foram capazes de acessar todo o sistema do DNC, conseguindo assim ler todas as trocas de e-mail e mensagens de representantes do órgão, disseram ao jornal funcionários do Partido Democrata e especialistas em segurança informática.

O DNC não foi o único alvo dos hackers russos, já que invadiram os servidores da virtual candidata democrata, Hillary Clinton, do próprio Trump, e também computadores de alguns comitês de ação política republicanos, apesar de não haver detalhes sobre o fato.

Funcionários do DNC indicaram que os hackers russos tiveram acesso aos sistemas do órgão durante aproxidamente um ano, mas foram expulsos da rede no último fim de semana e que, em nenhum momento, acessaram informações financeiras ou pessoais de doadores de campanha, o que sugere que se trata de espionagem tradicional, segundo o "The Washington Post".

O jornal explica que as invasões são um exemplo do interesse da Rússia no sistema político americano e sua intenção de compreendê-lo, assim como as debilidades dos potenciais líderes.

"É o trabalho de todos os serviços de inteligência obter informação sobre seus adversários", afirmou Shawn Henry, presidente da CrowdStrike, empresa especializada contrada para analisar o ocorrido no DNC, e ex-chefe da divisão cibernética do FBI.

"Eles nos percebem como um adversário da Rússia. O trabalho deles quando acordam todos os dias é reunir informações de inteligência sobre as políticas, práticas e estratégias do governo dos Estados Unidos. Há muitas formas de fazer isso, e hackear é uma das mais valiosas", acrescentou Henry. 

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