Tecnologia

Hacker ofereceu a TV dados sigilosos do processo de paz

Emissora disse que foram oferecidas informações sobre as negociações de paz do governo com rebeldes de esquerda

Oscar Iván Zuluaga: canal de TV disse na quarta-feira à noite ter sido contatado no mês passado por Luis Alfonso Hoyos, o chefe de campanha (John Vizcaino/Reuters)

Oscar Iván Zuluaga: canal de TV disse na quarta-feira à noite ter sido contatado no mês passado por Luis Alfonso Hoyos, o chefe de campanha (John Vizcaino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2014 às 10h00.

Bogotá - Uma emissora de TV da Colômbia informou que lhe foram oferecidas informações sobre as negociações de paz do governo com rebeldes de esquerda, por parte de um chefe de campanha da oposição e de um de hacker preso por espionar os negociadores.

O chefe de campanha, que trabalhava com o candidato presidencial de direita Oscar Iván Zuluaga, renunciou na quarta-feira.

O canal de TV RCN News disse na quarta-feira à noite ter sido contatado no mês passado por Luis Alfonso Hoyos, o chefe de campanha, que visitou a redação da RCN na companhia de Andrés Sepúlveda, o alegado hacker preso na terça-feira após uma revista da promotoria em seu escritório em Bogotá.

Os dois homens disseram então ter provas de que rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que atualmente participam de negociações de paz com o governo, estavam pressionando cidadãos a votar pelo presidente Juan Manuel Santos nas eleições de maio, disse o canal.

Eles também disseram à RCN ter vídeos e gravações de diversos políticos de esquerda se reunindo para discutir a formação de um novo partido político das Farc, segundo a emissora.

"A informação não tinha a qualidade ou precisão necessária para ser publicada", disse o chefe da RCN Rodrigo Pardo, acrescentando que as alegações foram checadas com outras fontes.

Hoyos refutou ter cometido qualquer ilegalidade, mas disse estar saindo de seu cargo para evitar prejudicar Zuluaga, cuja campanha também negou ter conhecimento de atividades ilegais e pediu uma investigação do caso.

O presidente Santos pediu que a promotoria "chegue ao fundo desta questão".

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