Tecnologia

Hacker nº 2 do Anonymous conta sua história

Kayla, nº 2 do Anonymous, é apontada como a pessoa com o dedo no gatilho, capaz de iniciar ataques capazes de derrubar até sites da CIA na web

Apesar de usar o nome feminino Kayla, o nº 2 do Anonymous é um rapaz canadense de 20 anos, dizem os hackers do grupo Web Ninjas (Denis Doyle / Getty Images)

Apesar de usar o nome feminino Kayla, o nº 2 do Anonymous é um rapaz canadense de 20 anos, dizem os hackers do grupo Web Ninjas (Denis Doyle / Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2011 às 15h43.

São Paulo — Nos últimos dias, a imprensa deu enorme atenção ao que fazem e dizem os líderes do Anonymous/LulzSec mais conhecidos, como Sabu, que seria o número 1, e Topiary, o porta-voz do grupo, recentemente preso e libertado sob condições pela polícia britânica.

Em contraste, quase nada se falou de Kayla, considerada a número 2 do grupo. Segundo o grupo Web Ninjas, formado por hackers que perseguem o LulzSec, Kayla seria responsável pelo comando da rede de máquinas-zumbi, item fundamental para os ataques de negação de serviço. Também a cargo dela estariam as tarefas de levantar sites vulneráveis.

Apesar do nome feminino, Kayla — segundo os Web Ninjas — seria um rapaz de 20 anos, estudante de ciência da computação no Canadá. Outros rumores dão conta de que ela seria um jovem de 20 e poucos anos, de New Jersey, chamado Barney Hills, que também usaria o nome Xyrix. Em março, Kayla concedeu uma entrevista à jornalista britânica Parmy Olson, da revista Forbes. Nessa entrevista, ela se apresenta como uma garota “comum”, de 16 anos, que sai regularmente com amigos, tem um emprego de meio período e planeja um dia ser professora.

Com o Anonymous, ela admite ter participado dos ataques aos sites do PayPal e da Mastercard em dezembro do ano passado. Qual a rotina de Kayla, além de ser uma garota “normal”? Segundo ela, passa horas à noite em bate-papos pelo IRC, conversando com outros Anons. Mas não deixa rastros dessa atividade: toda noite apaga suas contas e elimina os e-mails das caixas postais. Mais ainda: não tem disco rígido.

Para dar partida no sistema operacional, ele usa um cartão microSD, numa porta USB. A idéia, diz, é destruir o cartão em mil pedacinhos logo que seja necessário. Todas as suas operações online são feitas dentro de uma máquina virtual, que pode ser facilmente apagada. A repórter tentou falar com Kayla via Skype. Ela não aceitou, preocupada com a segurança.

Quando a jornalista acha estranho uma garota tornar-se hacker, Kayla tem uma história perfeita. Conta que o pai é engenheiro de software e ela ficou com ele quando os pais se separaram. Como foram morar numa área rural, havia poucas pessoas por perto, o que a levou desde cedo a se interessar por programação. Aos 14, diz, já destrinchava as linguagens C e Assembly. “No início, meu pai me encorajava”, diz. Daí em diante, ela aprendeu Perl, Python, PHP e começou a se aproximar do mundo dos hackers.

Acompanhe tudo sobre:AnonymousHackersseguranca-digital

Mais de Tecnologia

WhatsApp volta ao normal depois de parar de funcionar em vários países

Pequim anuncia plano para avanço em inteligência incorporada

WhatsApp fora do ar? App de mensagens apresenta instabilidade nesta sexta-feira

Google faz novos cortes de funcionários e atinge setores de IA, Cloud e segurança