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Hacker chinês de 12 anos quer usar seus talentos para o bem

Wang Zhengyang quebrou a segurança dos sistemas de sua escola e de um site de comércio eletrônico – mas para avisar sobre as falhas


	Hackers: Wang Zhengyang virou o "hacker mais jovem da China"
 (Getty Images)

Hackers: Wang Zhengyang virou o "hacker mais jovem da China" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2014 às 22h02.

São Paulo - Um jovem especialista em segurança chamou a atenção na mídia chinesa nestas últimas semanas.

Com apenas 12 anos (segundo a estatal CCTV), Wang Zhengyang virou o "hacker mais jovem da China" depois de conseguir quebrar a segurança do sistema de sua escola e também a de um site de comércio eletrônico.

Mas não para roubar ou se beneficiar, segundo ele mesmo, e sim para alertar as empresas responsáveis – afinal, o garoto se descreve como um hacker ético, ou “white hat”.

O primeiro caso envolveu a empresa Qihoo 360 Technology, responsável por manter os sistemas online de cerca de 100 escolas pela China.

Zhengyang encontrou as falhas em abril e, de acordo com reportagens iniciais, teria as utilizado como forma de fugir da lição de casa.

O menino, no entanto, negou – e em palestra que ministrou na China Internet Security Conference, afirmou que “você precisa atacar uma página para encontrar suas fraquezas”.

“Eu quis ajudar a consertar os websites”, disse, ressaltando que considera imorais aqueles que quebram a segurança de sistemas para lucrar em cima.

Tanto que, de acordo com o site Want China Times, o menino nem chegou a burlar a proteção das contas de sua série para demonstrar a brecha, mas sim a de classes acima.

No caso da loja online, no entanto, o jovem confirmou que alterou o preço de um produto para o equivalente a um centavo de dólar.

Mas não para comprar o item, e sim para testar uma falha na autenticação de senhas.

A compra, segundo ele, não chegou a ser fechada, e os responsáveis pelo serviço foram avisados da mesma forma que aconteceu com o Qihoo 360.

A história não surpreende só pela pouca idade do hacker.

Graças a ataques contra sistemas do governo dos EUA, por exemplo, a China acabou virando “referência” na área do cibercrime – tanto que os norte-americanos chegaram a pensar em vetar os vistos de chineses para a Defcon, no meio deste ano. Mas Zhengyang, ao menos por ora, não quer chegar perto deste ramo.

“É interessante procurar por riscos de segurança em um website”, disse o menino na palestra que deu no evento de especialistas na área.

“Eu me encho de alegria quando encontro um – mas não usarei meu talento para algo ilegal”, completou, antes de finalizar afirmando que, ao participar da conferência, quis fazer com que “os outros o notassem e soubessem que alguém nessa idade poderia trabalhar com segurança de internet”.

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