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Hack Week interno da Samba Tech desafia funcionários a criar em plataforma própria

Competição teve como vencedor sistema que facilita o streaming de vídeos; prática de hackathons internos ainda não é muito no Brasil

samba (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2013 às 18h13.

A distribuidora de vídeos brasileira Samba Tech anunciou nesta segunda-feira o vencedor de sua mais recente Hack Week. A equipe premiada, Alive, criou um sistema de streaming para a nova plataforma de vídeos da empresa – e o melhor: o novo aplicativo já está praticamente pronto para ser usado e distribuído pela companhia.

As “maratonas hacker” acontecem com esse nome desde pelo menos o final da década de 90. No entanto, no Brasil, a ideia de juntar diversos programadores em uma competição para tirar um projeto do papel se popularizou apenas de alguns anos para cá. E mais recentemente ainda, as competições foram parar dentro de empresas nacionais, como o caso da Samba Tech.

Iniciada como um Hack Day em 2011, a Hack Week da empresa passou a ocupar uma semana apenas no ano passado. Na ocasião, sete equipes de funcionários foram formadas, cada uma com um projeto diferente. Outras ainda foram realizadas no mesmo ano, e delas já saíram projetos como o curioso Bee Norris – o robô reúne pedidos de comida dos funcionários na hora do almoço, os encaminhando aos restaurantes cadastrados que ficam nos arredores da companhia, em BH.

Na edição de 2013, a competição recebeu cinco equipes, cada uma com até três membros. Apesar do número menor em relação ao primeiro evento de 2012, a expectativa era de uma Hack Week “histórica”, segundo Pedo Filizzola, diretor de marketing da Samba. Muito porque o objetivo era criar o melhor aplicativo para ser usado com a nova plataforma Samba Videos, de API aberta – “o que incentiva a criatividade”, nas palavras de Filizzola.

O processo todo durou, como o nome sugere, uma semana – do dia 28 de outubro ao 1º de novembro –, e os programadores levaram 70 horas para chegar aos resultados finais. E, por eles, o evento foi de fato histórico para a empresa: todos os cinco apps criados estão de “80 a 100% prontos para o mercado”, segundo a assessoria da companhia. Além da distribuição de um produto próprio pela Samba, os vencedores da Alive receberam um smartphone cada – essa compensação é importante, nesses casos.

[quebra]

As Hackathons internas – A ideia de fazer uma “maratona hacker” dentro de uma empresa não é nova. A prática já foi – e ainda é – adotada pelo Facebook, por exemplo. Como lembrou a Wired, um exemplo claro está no filme “A Rede Social”: em uma cena, Zuckerberg inicia um Hackathon de 10 minutos, e o dono do melhor hack se tornaria seu primeiro estagiário. Atualmente, as centenas de engenheiros da empresa ainda se organizam em uma competição do tipo, que dura 24 horas e de onde saíram ideias como o botão “Curtir”.

Google e Yelp são outras empresas do ramo de internet que também são adeptas da ideia. O segundo, aliás, fez em 2010 seu primeiro Hackathon, que rendeu 15 novos projetos criados por equipes de desenvolvimento, sistemas e produtos. Até mesmo jornais, como The Guardian e o Financial Times, já organizam os seus.

No Brasil – Seguindo a linha do Facebook, temos o exemplo recente do GetNinjas, que promove na próxima semana um evento de um dia para contratar um programador Front-End. Já sem oferecer empregos, EvernoteMercadoLivre e órgãos do governo já organizaram os seus por aqui, sempre aceitando inscrições de desenvolvedores de fora para criar soluções “para dentro”. A Câmara de São Paulo, por exemplo, fez um em setembro, e a proposta era “inventar” uma plataforma que ajudasse a aumentar a transparência na divulgação do trabalho dos legisladores.

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