Técnico da GVT: operadora planeja uma entrada gradual na capital paulista, mas promete uma atuação mais agressiva em 2014 (Kiko Ferrite/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 4 de setembro de 2013 às 16h25.
No final de agosto, a GVT iniciou oficialmente as operações para o mercado residencial na cidade de São Paulo, após uma fase de pré-lançamento em julho no bairro de Santana, Zona Norte da capital.
Apesar do começo tímido - a empresa adicionou apenas os bairros de Santo Amaro (Zona Sul) e Tatuapé (Zona Leste) para esta primeira fase -, a ideia é expandir a ponto de duplicar as operações até o final do ano. De acordo com o diretor regional da GVT em São Paulo, Paulo Teixeira, a companhia conseguiu no lançamento cerca de 30 mil acessos, mas planeja mais.
"Estamos em fase final de implantação e perto de chegar aos 62 mil que propomos até o final do ano. Neste momento, temos 45 mil acessos", afirma. O número não se trata de homes-passed, mas de “acessos construídos”, segundo ele.
A GVT planeja uma entrada gradual na capital paulista, mas promete uma atuação mais agressiva em 2014, atingindo os 100 mil clientes ao completar um ano da operação paulistana.
"Nosso plano é chegar a 240 mil acessos construídos até 2015. Aí a gente vai entrar em muitos outros bairros, pois queremos ter 30% de participação de mercado onde tivermos cobertura", detalha Teixeira. A empresa ainda deverá ter mais uma etapa da construção da rede entre setembro e novembro, entregando a última fase em dezembro.
A escolha dos bairros de Santana, Santo Amaro e Tatuapé foi para "descentralizar" a implementação, com o propósito também de "entender toda a realidade de São Paulo e o comportamento do cliente". Além disso, segundo Teixeira, a ideia foi causar menos impacto com a construção da rede em um local só.
"Tínhamos quatro escritórios em São Paulo, e agora temos oito. A gente possui um escritório em cada região. São escritórios descentralizados: a operação em Santana não se mistura com a de Santo Amaro, que não concorre com Tatuapé. Isso dá agilidade, flexibilidade, encurta as distâncias para nossas equipes de campo para garantir que o aspecto urbano (trânsito) não impacte no atendimento ao cliente final".
A infraestrutura, por sinal, tem 200 km de fibra ótica atualmente e inclui acessos fiber-to-the-home (FTTH) nas ofertas de Internet com velocidade de 150 Mbps. Nos demais casos, utiliza-se conexão VDSL via par metálico nas velocidades de 25 Mbps e 50 Mbps. "A gente trabalha com um raio com distância máxima de 200 m de nosso armário (chamado pela operadora de central digital), mas nosso anel é 100% fibra", explica o executivo.
Além da banda larga, a GVT está oferecendo nos pacotes triple-play serviços de telefone fixo e de TV por assinatura DTH, que inclui interatividade (feita pela rede IP, em modelo híbrido). "Temos uma demanda grande da banda larga, mas quase 50% de nossas aquisições são triple-play", detalha.
Nos planos de TV paga, o que se destaca, segundo o diretor regional, é o pacote Ultimate, com 82 canais (21 em HD), gravador digital e ponto adicional. "Esse tem tido uma grande procura em São Paulo, acima da média da GVT (no País)."
A GVT já atua em 19 municípios paulistas, além de cerca de 150 cidades no Brasil. A entrada da operadora no acirrado mercado paulistano foi bastante cautelosa, mas agora promete esquentar a briga contra concorrentes, principalmente na banda larga, como Net, Telefônica/Vivo e TIM.
"A gente nasceu como empresa espelho e já nasceu sabendo competir, somos uma atacante. Sabemos da competição acirrada em São Paulo, muito maior do que qualquer outra praça no Brasil, mas acreditamos que estamos comparados com diferenciação de valores e respeito ao cliente", garante Paulo Teixeira.