EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h38.
Apesar dos resultados estarem abaixo das expectativas, a Global Trading Web Association (GTWA), que reúne 32 e-market places de vários setores, parece estar satisfeita com os números do último ano. Grandiosos eles são mesmo: de janeiro a junho, foram 884 166 transações, aumento de 733% em relação ao ano anterior. No mesmo período, o volume de vendas cresceu mais de 3 000%, de US$ 115 milhões para US$ 3,7 bilhões. O total de vendas até o final de 2001 foi cerca de US$ 6,2 bilhões.
"A expectativa de movimentação era, como todas as outras em relação ao mundo ponto-com, maior do que isso", diz Marco Sá, diretor da Commerce One, que fornece a tecnologia que integra os portais das empresas e seus fornecedores. "Mas o que importa é a tendência de crescimento". Os portais B2B da GTWA, entidade criada pela Commerce One e que é independente hoje, utilizam o mesmo padrão para negociações, o que envolve conteúdo, acordos de nível de serviço e escolha dos fornecedores.
A febre dos market places começou em 1999 e sustentou projeções de movimentação de negócios estratoféricas até o ano seguinte. De acordo com dados de um levantamento da Booz-Allen & Hamilton, publicado em Exame (edição 759, de 06/02/2002), havia 1,8 mil market places eletrônicos na web em julho do ano passado. Durante a pesquisa, os consultores descobriram que outros 500 já haviam sido fechados ou só tinham sido anunciados, sem nunca ter entrado em operação.
Os que sobraram, como os da GTWA, aparentemente estão obtendo relativo sucesso. Também de acordo com a mesma edição de Exame, depois de amargar seis meses sem depositar nenhum dólar no caixa, a Transora, empresa criada com capital de 250 milhões de dólares pertencentes a 57 gigantes do setor de consumo, entre elas Coca-Cola, Procter & Gamble, Unilever e Nestlé, faturou US$ 1 milhão no último trimestre de 2001.