Crianças com smartphone na Índia: ideia é tentar melhorar estatísticas de países como Etiópia, onde a penetração móvel é de 20%, ou mesmo na Índia, que ainda tem penetração de 28% (Adrian Pope/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 10h11.
São Paulo - A associação global de operadoras móveis GSMA anunciou nesta terça-feira, 21, acordo com a Aliança pela Internet Acessível (A4AI) para identificar barreiras políticas e regulatórias para o acesso à Internet, promovendo a acessibilidade, especialmente de mulheres e de comunidades carentes da área rural. A aliança, uma coalizão global composta por mais de 50 membros como Alcatel-Lucent, Cisco, Ericsson, Google e Facebook, visa promover redução de custo do acesso nos países em desenvolvimento por meio de "reforma política e regulatória".
A ideia é tentar melhorar estatísticas de países como Etiópia, onde a penetração móvel é de 20%, ou mesmo na Índia, que ainda tem penetração de 28%. Em recente relatório, a A4AI afirmou que o preço das conexões nesses lugares continua proibitivo: para quem vive com menos de US$ 2 ao dia, o custo da banda larga móvel chega a mais de 20% da renda mensal em alguns países. Na Colômbia e na Zâmbia, o índice é ainda maior, com 48% e 35%, respectivamente.
A aliança acredita que é possível promover o acesso mais barato com reformas políticas e regulatórias "ao combinar ativismo, pesquisa e compartilhamento do conhecimento em nível mundial, regional e nacional". As entidades afirmam estar com princípios e políticas alinhados, embora a A4AI reconheça haver um contraste com a GSMA em relação ao "uso de espectro não licenciado e à reutilização oportunista dentro das regras que evitam a interferência nociva".
A associação de operadoras diz que o uso do "espaço em branco" não poderia prejudicar a realocação futura do espectro de radiodifusão para a banda larga móvel. O CEO do Facebook, Mark Zukerberg, será um dos keynotes do Mobile World Congress 2014, organizado pela GSMA, que acontece em fevereiro em Barcelona, ocupando espaço que em outros anos já foi ocupado pelo Google e pela Microsoft.