Tecnologia

Grupo pede que empresas não vendam reconhecimento facial aos EUA

85 associações temem que tecnologia permita ao Governo rastrear "imigrantes, minorias religiosas e gente de cor"

Para grupo, software é uma ameaça nas mãos da administração Trump (imaginima/Getty Images)

Para grupo, software é uma ameaça nas mãos da administração Trump (imaginima/Getty Images)

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EFE

Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 15h39.

Nova York - A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, por sua sigla em inglês) pediu nesta terça-feira que Microsoft, Amazon e Google se comprometam a não vender a tecnologia de reconhecimento facial ao Governo.

Em comunicado, o grupo de 85 associações e grupos de ativistas explicou que enviou três cartas às empresas tecnológicas para "deixar claro" que fornecer software de reconhecimento facial ao Governo "ameaça a segurança de membros da comunidade e também minará a confiança nos negócios".

"Estamos em uma encruzilhada com a vigilância facial e as decisões tomadas por estas companhias determinarão se a próxima geração deverá temer a vigilância por parte do Governo, que pode te seguir enquanto vai a um protesto, a um culto ou simplesmente enquanto vive sua vida", afirmou a diretora da união, Nicole Ozer.

Nas cartas aos principais responsáveis das empresas tecnológicas, a união destaca que o reconhecimento facial "permite ao Governo determinar imigrantes, minorias religiosas e gente de cor", evidenciando "preconceitos históricos e atuais".

O Google anunciou recentemente que não venderá um software destas caraterísticas até que os riscos da tecnologia sejam determinados, algo que também foi destacado pelo presidente da Microsoft, Brad Smith.

Por outro lado, a Amazon insistiu em vender a tecnologia ao Governo apesar dos avisos de distintas autoridades, prossegue o comunicado, e embora seu principal executivo, Jeff Bezos, tenha reconhecido que seus produtos possam ser "mal utilizados".

A coalizão liderada pela ACLU inclui associações como a União pelas Liberdades Civis de Nova York, diversas associações em defesa dos direitos dos muçulmanos e a Human Rights Watch.

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