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Grandes grupos buscam promover hidrogênio como fonte de energia

Formado por grupos relacionados à energia e ao setor automobilístico, o "conselho do hidrogênio" realizou na terça-feira sua primeira reunião em Davos

Energia: o hidrogênio também serve para aproveitar a parte de energias renováveis que é produzida, mas se perde (Flickr/Creative Commons/Hannah)

Energia: o hidrogênio também serve para aproveitar a parte de energias renováveis que é produzida, mas se perde (Flickr/Creative Commons/Hannah)

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AFP

Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 10h33.

Treze grandes grupos europeus e asiáticos unirão esforços para promover o hidrogênio como fonte de energia limpa com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Este "conselho do hidrogênio" ('hydrogen council'), que realizou na terça-feira sua primeira reunião em Davos, onde é realizado o Fórum Econômico Mundial (WWF), é formado por grupos relacionados à energia ou ao setor automobilístico.

"Atores chave da energia, do transporte e do setor industrial unem suas forças para expressar uma visão comum do papel central que o hidrogênio terá na transição energética", disse o presidente do novo conselho, Benoît Potier, máximo responsável do grupo de gases industriais Air Liquide.

Concretamente, as 13 companhias (Air Liquide, Alstom, AngloAmerican, BMW, Daimler, Engie, Honda, Hyundai, Kawasaki, Shell, Linde, Total e Toyota) compartilharão dados e pesquisas para fomentar o uso do hidrogênio em nível global, uma energia que não emite CO2 quando é consumida.

"Até o momento, sem um grande apoio dos poderes públicos, a transformação (a uma energia sem CO2) é impossível", disse Takeshi Uchiyamada, presidente do construtor de automóveis japonês Toyota.

O novo conselho afirma que, além de alimentar as células de combustível, o hidrogênio também serve para aproveitar a parte de energias renováveis (solar ou eólica) que é produzida, mas se perde porque não pode ser armazenada.

Patrick Pouyanné, presidente da Total, afirmou à AFP que "dominamos as tecnologias, mas agora o desafio é desenvolver seu uso de maneira maciça".

"Se conseguirmos fazer os custos do conjunto da cadeia de produção baixarem, amanhã o hidrogênio será uma solução para transportar esta energia para onde precisamos dela", disse à AFP Didier Holleaux, do grupo Engie.

Bertrand Piccard, o piloto suíço que em julho deu a volta ao mundo com um avião impulsionado por energia solar, o Solar Impulse 2, também é um grande defensor do hidrogênio.

"Há vinte anos falamos do hidrogênio um pouco como os adolescentes falam do sexo. Todos falam dele, mas ninguém o faz. Hoje podemos fazê-lo", afirmou.

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