Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2010 às 19h34.
Primeiro, a boa notícia: as novas redes de telefonia celular, as tais 2,5 G, vão facilitar e muito a vida de quem precisa de acesso sem fio à internet. Num rápido teste feito no fim do mês passado, a qualidade da conexão era ótima. É verdade que eu estava dentro do prédio da Telesp Celular e tinha à minha volta um grupo de executivos e técnicos da empresa prontos para responder a qualquer dúvida com um sorriso no rosto - um tipo de assistência a que nenhum assinante terá direito quando o serviço for lançado. Ainda assim, fiquei impressionado com a qualidade da conexão. Os modems-padrão atuais atingem a velocidade máxima de 56 kilobits por segundo. Na rede da Telesp Celular, a velocidade média era próxima de 90 Kbps (o máximo é 144 Kbps). Com essa velocidade, dá para navegar com tranqüilidade de uma página a outra e até mesmo dar-se ao luxo de assistir a Lilian Witte Fibe lendo uma notícia para você.</p>
O que nos traz à má notícia: os dias do vídeo pelo celular ainda não chegaram. Para os donos de aparelhos de telefone, a nova rede só vai significar um acesso mais rápido. O jeitão do
serviço é o mesmo: algumas poucas linhas de texto em branco-e-preto (os modelos com tela colorida chegam em março, promete a Telesp Celular).
A grande vantagem da rede sem fio será sentida pelos donos de laptops ou palmtops. É possível conectar os aparelhos de duas maneiras. A primeira é ligar o computador ao celular, que passa a fazer a função de modem. A outra é comprar um cartão especial, com o mesmo objetivo. O Bradesco já criou uma versão especial do seu site, que cabe exatamente na tela de um palmtop. Outros sites devem fazer o mesmo em breve. A princípio, porém, os grandes usuários serão as empresas, que poderão oferecer mais informação e mobilidade aos funcionários. Para quem não agüenta ficar desconectado, o preço vai ser alto. O cartão de conexão não deve sair por menos de 500 reais.