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Grande ataque virtual é descoberto no Oriente Médio

Chamado de Flame, o malware está operando desde 2010 e parece ser custeado por um Estado

O maior número de máquinas afetadas pelo Flame se encontra no Irã, seguido por Israel e Palestina, Sudão, Síria, Arábia Saudita e Egito (Reprodução)

O maior número de máquinas afetadas pelo Flame se encontra no Irã, seguido por Israel e Palestina, Sudão, Síria, Arábia Saudita e Egito (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2012 às 17h39.

São Paulo – Um vírus de alta complexidade está roubando dados no Oriente Médio, afirma a empresa de segurança Kaspersky.

Chamado de Flame, o malware está operando desde 2010 e parece ser custeado por um Estado, afirmou a Kaspersky em um comunicado. No entanto, a origem do malware ainda é desconhecida. O Flame foi desesnvolvido para roubar informações de sistemas e arquivos armazenados, além de conteúdo exibido nos monitores e conversações em áudio.

De acordo com a empresa, o vírus tem 20 vezes o tamanho do Stuxnet, que foi direcionado a um complexo nuclear do Irã. O maior número de máquinas afetadas pelo Flame se encontra no Irã, seguido por Israel e Palestina, Sudão, Síria, Arábia Saudita e Egito.

“A complexidade e funcionalidade do novo malware excede a de outros ataques conhecidos”, afirma a Kaspersky. “As descobertas preliminares da pesquisa, conduzida por um pedido emergencial da ITU [International Telecommunication Union], confirmam a natureza bastante direcionada do malware. Um dos dados mais alarmantes é que a campanha de ataque do Flame está em sua fase ativa e seu operador está constantemente vigiando os sistemas afetados, coletando informações e mirando novos sistemas para concluir seus objetivos incertos”, completa Alexander Gostev, expert do Kaspersky Lab.

Segundo a Cnet, Eugene Kaspersky, CEO e fundador da empresa, comparou o novo vírus com o Stuxnet e concluiu que eles dão início a uma nova era na guerra cibernética patrocinada por governos.

“O malware Flame parece ser uma nova fase nessa guerra, e é importante compreender que essas armas cibernéticas podem facilmente ser utilizadas contra qualquer país”, afirma Kaspersly. “Ao contrário do que ocorre na guerrilha tradicional, os países mais desenvolvidos são na verdade os mais vulneráveis nesses casos”, completa.

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