Tecnologia

Governo se divide sobre assumir racionamento em SP

Um grupo defende que, se essa decisão for tomada agora, o desgaste político poderá ser diluído até o início da campanha, em julho.

alckmin (Agência Brasil)

alckmin (Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2014 às 06h52.

Diante do noticiário crescente e cada vez mais negativo em relação à falta d'água em São Paulo, o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, se dividiu.

Um grupo de auxiliares do governador Geraldo Alckmin (PSDB) defende que ele assuma imediatamente o racionamento de água e argumenta que, se essa decisão for tomada agora, o desgaste político poderá ser diluído até o início da campanha, em julho.

O ônus do rodízio seria creditado às condições climáticas, que são consideradas as mais adversas em 84 anos, o que esvaziaria o discurso da oposição.

Baseando-se em dados de especialistas, auxiliares do tucano tentam convencê-lo de que há pouca perspectiva de reverter a situação no médio prazo, uma vez que o cenário de escassez hídrica no Cantareira tende a se agravar.

Os defensores dessa tese dizem que a tendência é que o número de casos pontuais de falta d'água cresçam na pauta do noticiário, o que criaria uma situação na opinião pública de que o governador está apenas escondendo a crise.

O outro grupo, porém, pondera que o racionamento não teria a menor eficácia e argumenta que a medida apenas levaria a população a aumentar o consumo de água nos dias sem corte no abastecimento. Segundo um interlocutor, o rodízio seria um tiro que sairia pela culatra.

Esse grupo acredita que é possível chegar a um equilíbrio de oferta e demanda por meio de educação e estímulo, como o plano de bônus da Sabesp, já em curso. Essa posição conta com o respaldo técnico da Sabesp, que acredita que o consumo regular de água está garantido até novembro com o uso do volume morto.

Reservadamente, caciques do PSDB paulista, parlamentares e ex-secretários de Alckmin avaliam que o efeito de um racionamento formal pode ser "devastador" para a campanha à reeleição do tucano, a exemplo do que aconteceu com José Serra (PSDB) em 2002, após o apagão vivido no governo FHC.

Acompanhe tudo sobre:Águacidades-brasileirasINFOMeio ambienteMetrópoles globaissao-paulo

Mais de Tecnologia

Fabricante do jogo processa SpaceX de Elon Musk e pede US$ 15 milhões

Gigantes das redes sociais lucram com ampla vigilância dos usuários, aponta FTC

Satélites da SpaceX estão causando interferência nos equipamentos de pesquisadores, diz instituto

Desempenho do iPhone 16 chama atenção e consumidores preferem modelo básico em comparação ao Pro