Microsoft (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de junho de 2014 às 10h05.
Apesar do lento crescimento do sistema móvel Windows Phone, a Microsoft continua a obter bilhões de dólares no mercado de smartphones e tablets justamente por causa da plataforma Android.
Isso é possível, pois a empresa detém centenas de patentes que alega serem infringidas pelo Android, o que acaba forçando os fabricantes a realizar acordos de licença com a Microsoft. E agora, pela primeira vez, essa lista de patentes até então secreta foi revelada pelo governo chinês.
Como notado pelo Ars Technica, algumas patentes na lista incluem aquelas adquiridas como parte do Consórcio Rockstar para licitar as patentes da Nortel. Todas as 14 patentes utilizadas pela Microsoft para abrir um processo contra a Barnes & Noble, livraria dos EUA, também estão incluídas.
A lista foi publicada como parte da aprovação do governo chinês ao processo de aquisição da Nokia pela Microsoft. O conteúdo é dividido em duas listas, que citam as tecnologias da Microsoft como o sistema de arquivos exFAT e ActiveSync.
De acordo com a própria Microsoft, 70% de todos os dispositivos Android vendidos nos Estados Unidos são cobertos por meio dessas licenças comerciais e estima-se que a empresa fature cerca de 2 bilhões de dólares ao ano com estes acordos superior ao que chega a faturar com as vendas dos aparelhos Windows Phone.
Esta divulgação do governo chinês também visa a produzir mais transparência do controle da Microsoft sobre o Android. A empresa não se manifestou sobre a publicação dos documentos, mas em abril postou uma explicação em seu blog, afirmando que deteria aproximadamente 200 patentes que seriam necessárias para a produção de um smartphone Android.
De acordo com o The Verge, a fabricante de software tem enfrentado críticas sobre suas práticas de licenciamento do Android, especialmente da Barnes & Noble, que pediu ao Departamento de Justiça uma investigação antitruste pelas tentativas da Microsoft em eliminar do mercado os dispositivos Android de concorrentes de empresas menores, aplicando taxas de licenças e ações judiciais.
*com colaboração de Monica Campi e Karen Carneti