Estacao Antartica (Divulgação/IAB/Estúdio 41)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h26.
São Paulo - O Ministério do Meio Ambiente contratou uma empresa para estudar o impacto ambiental das obras da nova base brasileira na Antártica. A reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz deve começar no verão de 2014.
Em fevereiro de 2012, um incêndio matou dois militares e comprometeu 40% da pesquisa científica brasileira no continente. A Marinha do Brasil fez, então, um concurso em parceria com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) para definir o projeto de uma nova estação.
A equipe do escritório de arquitetura Estúdio 41, de Curitiba, ganhou o concurso. O projeto que desbancou outros 73 trabalhos envolveu 4 autores, 8 consultores e 6 colaboradores. A base ficará no mesmo lugar da antiga estação. Com uma área total de 3,2 mil metros quadrados, a capacidade estimada da estação é de 64 pessoas durante o verão e de 34 no inverno. A construção deverá custar entre 70 e 100 milhões de reais.
Em entrevista a INFO, João Gabriel Rosa, um dos autores do projeto, afirmou que uma das principais diferenças do projeto é a estratégia de implantação da nova estação, que usa o terreno em dois níveis e é orientada em paralelo a linha da praia. Outro ponto de destaque está nas tecnologias, que vão desde os sistemas construtivos e estruturais, aos sistemas de automação, climatização e geração de energia no local.
Mas antes de reconstruírem a estação, a empresa Ardea Consultoria Ambiental irá estudar o impacto ambiental do projeto. Biólogos, geólogos, engenheiros e químicos terão cinco meses para elaborar o estudo e apresentar um relatório. O objetivo, segundo o Ministério do Meio Ambiente, é avaliar os riscos potenciais das obras e dos resíduos que serão gerados pela obra para o bioma local.