Tecnologia

Google vai abandonar codec H.264 para vídeos no Chrome

Empresa pretende adotar formato WebM, aberto e livre de royalties

Codec H.264 era utilizado para reprodução de vídeos em HTML5 no navegador (Alexander Hassenstein/Getty Images)

Codec H.264 era utilizado para reprodução de vídeos em HTML5 no navegador (Alexander Hassenstein/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de março de 2011 às 12h35.

São Paulo – Com pretensão de dar suporte a codecs livres de licenças na web, o Google anunciou que irá remover o suporte ao codec H.264 de suas versões do navegador Chrome. Esta mudança visa também acelerar a adoção do novo formato do Google, WebM, um projeto aberto e livre de royalties para mídia na web.

O formato WebM já foi adotado pelos browsers Firefox, Opera e Chrome. Microsoft e Apple recusaram adotar o novo formato livre de royalties e continuam apoiando o codec H.264.

Utilizado em discos Blu-ray e por uma ampla gama de dispositivos eletrônicos, o codec H.264 é o atual padrão de encoding para vídeos digitais. Embora tenha inúmeras vantagens técnicas, muitos especialistas eram contra utilizá-lo como formato padrão para vídeos em HTML5.

Os mecanismos de compressão no H.264 são patenteados e quem o utiliza precisa pagar royalties para um consórcio chamado MPEG-LA, o que fazia com que muitos reclamassem se este seria mesmo o formato ideal para a web.

Em comunicado, o Google afirma que o codec H.264 representa um importante papel nos vídeos da web, mas como a empresa pretende disponibilizar uma inovação aberta na rede o suporte ao codec será removido e em troca utilizado codecs de tecnologias abertas.

As mudanças irão ocorrer dentro dos próximos meses, para que desenvolvedores utilizando vídeos em HTML possam fazer as mudanças necessárias em seus conteúdos. Possivelmente muitos produtores de conteúdo continuarão a utilizar o H.264 e substituir os vídeos em HTML5 pelo Flash para navegadores que não tiverem suporte ao H.264.

Acompanhe tudo sobre:BrowsersChromeEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaGoogleInternetSitesTecnologia da informaçãoVídeos

Mais de Tecnologia

Intel descarta venda de participação na Mobileye e ações da empresa disparam

YouTube expande anúncios em vídeos pausados para todos os anunciantes

Kremlin volta a usar YouTube, enquanto restringe o acesso de russos à plataforma

Netflix atinge 94 bilhões de horas assistidas no primeiro semestre de 2024, afirma CEO