Tecnologia

Google quer tratar doenças sem remédios e com bioeletrônicos

Em vez de medicamentos, os cientistas da empresa querem introduzir dispositivos bioeletrônicos no corpo humano para o tratamento de doenças crônicas


	Remédios: o problema do uso de medicamentos são seus efeitos colaterais
 (grThirteen/Thinkstock)

Remédios: o problema do uso de medicamentos são seus efeitos colaterais (grThirteen/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2016 às 14h56.

São Paulo – O Google quer curar doenças crônicas sem o uso de remédios. Para isso, a Verily (organização que faz parte da Alphabet, holding do Google) fechou uma parceria com a farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK) para desenvolver dispositivos bioeletrônicos injetáveis que poderão substituir os remédios.

O resultado é uma nova empresa chamada Galvani Bioeletronics. Ela nasce graças a um investimento de 540 milhões de libras (720 milhões de dólares), que serão aplicados ao longo de sete anos. “Este acordo com a Verily sinaliza um passo fundamental na jornada bioeletrônica da GSK, reunindo saúde e tecnologia para realizar uma visão compartilhada de miniaturizados e terapias elétricas de precisão”, disse Moncef Slaoui, executivo da GSK, em comunicado.

A bioeletrônica é um campo científico relativamente novo que utiliza aparelhos miniaturas para modificar os sinais elétricos que passam ao longo dos nervos no corpo. Como cada neurônio é parte de uma rede que engloba todos os órgãos, os dispositivos os estimulariam para controlar as funções de um órgão específico. Ao estimular o nervo vago, por exemplo, o aparelho pode controlar o funcionamento do pâncreas e, consequentemente, tratar a diabetes.

Hoje, medicamentos são utilizados para regular essas funções. O problema disso, no entanto, são os efeitos colaterais que geralmente os acompanham. Com aparelhos bioeletrônicos, os cientistas esperam que essa quantidade de implicações negativas diminua.

Apesar de interessante, a proposta da nova empresa esbarra em um problema científico: os sistemas elétricos do corpo humano ainda não foram completamente mapeados. Assim, fica difícil tratar uma doença sem saber como chegar a ela.

Essa não é a primeira vez que a Verily faz uma parceria com uma companhia farmacêutica. Em 2015, ela criou junto a Novartis uma lente de contato que pode medir níveis de glicose.

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