Nova York - O grupo americano Google planeja gastar mais de 1 bilhão de dólares em sua frota de satélites para levar acesso à internet a locais isolados do planeta, informou neste domingo o The Wall Street Journal.
O projeto, cujos detalhes ainda precisam ser fechados, começará com 180 pequenos satélites em órbita a altitudes mais baixas que os satélites comuns e pode ser ampliado mais tarde, indicaram fontes ligadas à empresa.
Em função da rede mobilizada, o custo oscilará entre 1 bilhão e mais de 3 bilhões de dólares.
O Google já realizou testes no passado para um projeto chamado "Loon", no qual a internet era levada a zonas remotas mediante balões, que serviam como transmissores.
O gigante da internet anunciou em abril a compra, por um valor que não foi divulgado, da Titan Aerospac, fabricante de Drones (aeronaves controladas à distância).
Ela fabricou protótipos que funcionam com energia solar e podem permanecer durante cinco anos a 20 quilômetros de altitude. Além disso, podem cumprir com a maioria das tarefas que até agora ficam a cargo dos satélites geoestacionários, mas são menos onerosos.
"Ainda é cedo, mas os satélites atmosféricos podem ajudar a levar acesso à internet a milhões de pessoas", havia comentado um porta-voz do Google.
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1. Debutante
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O Google completa 15 anos de vida nesta sexta-feira (27). Durante esses anos, Larry Page e Sergey Brin inovaram com tecnologias e serviços atualmente presentes no cotidiano de muita gente pelo mundo, como o Gmail e o YouTube. Para comemorar esta data, INFO separou alguns projetos que provam que o Google sempre busca se reinventar com novas ideias. Veja a seguir:
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2. Google Glass
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2/10 (Getty Images)
Um dos maiores e mais inovadores projetos do Google atualmente é o "Project Glass", cuja missão é desenvolver o Google Glass. O acessório em forma de óculos permite a interação dos usuários com conteúdos em realidade aumentada. Dá para tirar fotos, enviar mensagens e fazer videoconferências. Atualmente, o Google Glass está em fase de testes. No momento, os apps disponíveis são modestos. E o hardware também não está pronto para o mercado de consumo. Também não há data definida para a venda do gadget ao público em geral. A previsão é de que isso aconteça em meados de 2014. Os óculos terão capacidade de capturar imagens com uma resolução de 5 megapixels e vídeos em HD (720p). Também terão 16GB de armazenamento em flash com sincronização com o Google Drive, suporte a Bluetooth e Wi-Fi. Segundo o Topology Research Institute de Taiwan, o preço do gadget deve ficar em torno de 300 dólares. Se a informação for verdadeira, será uma surpresa. A primeira versão do Glass, vendida para alguns desenvolvedores, custou 1,5 mil dólares.
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3. Balões com sinal de internet
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3/10 (Reprodução)
O Google quer conquistar a estratosfera. A empresa anunciou, em junho, o lançamento de 30 balões de alta tecnologia para levar o acesso à internet para áreas remotas. Os balões foram projetados para ter 60 metros de altura para voar a uma altitude de 66 mil pés. Os primeiros foram enviados para a Ilha Sul, na Nova Zelândia por meio de um sistema pioneiro chamado Project Loon. Segundo o Google, os balões foram projetados para conectar pessoas em áreas remotas, ajudar a preencher lacunas de cobertura e fazer com que as pessoas possam ficar online mesmo após desastres
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4. Para enfrentar a morte
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4/10 (Getty Images)
O cofundador e CEO do Google, Larry Page, anunciou em setembro sua missão mais ambiciosa: a empresa Calico. Em comunicado, o Google informou que a nova empresa será focada em solucionar o “desafio do envelhecimento e doenças associadas". Page também sugeriu uma cooperação com a Apple no empreendimento. Afirmou que o diretor-executivo e fundador investidor da Calico será Arthur Levinson, ex-CEO da Genetech (empresa de biotecnologia) e membro do conselho da Apple. A revista Time divulgou uma entrevista exclusiva com Page logo após o anúncio. “A empresa por trás do YouTube e do Google+ se prepara para tentar estender a vida humana”, escreveu a revista. “Devemos focar nas coisas realmente importantes”, afirmou Page. “Uma das coisas que acharia incrível seria encontrar a cura para o câncer, que poderia acrescentar até três anos à expectativa de vida de alguém”, disse Page.
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5. Carros autônomos
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5/10 (Reprodução)
Em 2012, o Google surpreendeu quando divulgou o vídeo que mostrava um deficiente visual sentado no assento do motorista enquanto um computador interno guiava o veículo automaticamente. A empresa modificou o sistema interno de um modelo de carro Toyota Prius. Em agosto de 2012, o Google afirmou que o carro autônomo completou mais de 300 mil milhas em testes sem que houvesse registro de acidentes. O carro autônomo do Google absorve uma quantidade impressionante de informações sobre seu entorno enquanto dirige, chegando a quase 1GB de dados capturados por segundo. Os sensores presentes capturam todos as informações que “veem” enquanto o veículo se move. Até mesmo bitucas de cigarro são coletadas pelos dispositivos. Mas a tecnologia sem motorista ainda tem um longo caminho a percorrer antes de ser integrada às ruas. “Para oferecer a melhor experiência possível, ainda precisaremos dominar o controle em estradas cobertas de neve, interpretar os sinais temporários de construções e outras situações complicadas encontradas pelos motoristas reais”, afirmou o Google
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6. Aprendizado profundo
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6/10 (sxc.hu)
O inventor Ray Kurzweil trabalha com engenheiros do Google em um paradigma inspirado em filmes de ficção científica: aprendizado profundo (deep-learning, em inglês), um ramo avançado de “aprendizagem automática”. O método de inteligência artificial poderá ser aplicado a diversas finalidades. A principal ideia é criar um software capaz de imitar a atividade dos neurônios do neocórtex, região do cérebro onde ocorre o pensamento. Em junho de 2012, o sistema de aprendizado do Google observou 10 milhões de imagens de vídeos do YouTube. A plataforma também se mostrou duas vezes melhor do que em tentativas anteriores em reconhecer padrões nas imagens.
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7. Idiomas em risco
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7/10 (EPA/BERND THISSEN)
O planeta tem cerca de 7 mil idiomas. Deste número, 3.054 idiomas correm riscos de acabar extintos nos próximos 100 anos. O projeto “Idiomas em risco”, do Google, tem o objetivo de tentar salvar - ou ao menos registrar - a existência de cada um destes idiomas. O "Projeto de Línguas em Perigo de Extinção", (www.endangeredlanguages.com) tem uma plataforma para o usuário encontrar e compartilhar informação sobre línguas em risco de desaparecimento. O projeto tem apoio da Aliança para a Diversidade Linguística e oferece aos que estão interessados em preservar as línguas um local para guardar e acessar pesquisas sobre o tema, compartilhar sugestões e realizar colaborações. Uma equipe de colaboradores fornece conteúdos, que abrangem desde manuscritos do século XVIII a ferramentas modernas para ensinar idiomas, como vídeos e áudios. Segundo a equipe de "Línguas em Perigo", com cada língua que desaparece, a humanidade perde uma herança cultural. Mas, temos hoje ao nosso alcance ferramentas e tecnologias que podem mudar as regras do jogo.
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8. Tradutor em tempo real
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8/10 (Flickr/San Diego Shooter)
Como em Star Trek, a humanidade pode estar próxima de romper as barreiras dos idiomas. O Google trabalha em um software que consegue traduzir a voz humana em tempo real de um idioma para outro. A tecnologia tem sido acompanhada de perto pelos responsáveis do Google, com testes constantes das novas versões de aparelhos com a tecnologia. O então vice-presidente da divisão do Android na Google, Hugo Barra, disse ao The Times que o sistema funcionava com quase 100% de precisão na tradução do inglês para o português. A maior barreira é o reconhecimento de voz. Isso porque ruído de fundo interfere no software de tradução e afeta o resultado. Mas Barra disse que, em ambiente controlado, o projeto funciona com quase 100% de perfeição. O recurso ainda não funciona em tempo real, mas deve evoluir antes do lançamento.
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9. Google Lunar X Prize
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9/10 (Reprodução)
O Lunar X Prize é um prêmio patrocinado pelo Google que dará 30 milhões de dólares para o primeiro time capaz de pousar um robô na Lua e enviar dados à Terra. Representantes do Google e da X PRIZE Foundation, além de especialistas da indústria espacial do governo local, acompanham os progressos das missões desde 2010. O robô enviado deverá andar pelo menos 500 metros e realizar um Mooncast – a transmissão de dados de volta à Terra contendo fotografias panorâmicas em 360º em alta resolução, autorretratos do veículo na superfície da Lua, vídeos em HD, além de enviar um conjunto previamente programado de dados.
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10. Veja também:
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10/10 (Reprodução)