Play Store: loja de aplicativos do Google vai adotar novas medidas de faturamento (Google/Divulgação)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 29 de setembro de 2020 às 15h15.
Última atualização em 7 de outubro de 2020 às 15h44.
O Google não quer mais perder parte de sua receita obtida com a loja de aplicativos Play Store e vai adotar uma postura semelhante à utilizada pela Apple. A companhia vai mudar as regras para cobrar a fatia de 30% da receita de todos os pagamentos realizados pela compra e dentro dos aplicativos disponibilizados por sua loja de aplicativos para Android.
Em um texto publicado no blog oficial da companhia, a empresa informa que os desenvolvedores que integram o sistema de faturamento do Google até 30 de setembro não precisarão repartir a receita obtida com seus aplicativos com a companhia até o fim do ano. Ou seja, ficarão temporariamente livres da cobrança do “pedágio” de 30%.
Essa taxa de 30% já existia, porém era evitada por algumas empresas que desenvolvem aplicativos para Android e fazem a cobrança por seus serviços em sistemas alternativos. Assim, a cobrança não passa pelos sistemas do Google. Entre as empresas que usufruem ou já usufruíram desta prática estão gigantes como Tinder, Spotify e Netflix.
A expectativa é que as mudanças sejam aplicadas com o lançamento do Android 12, no ano que vem.
A nova versão do sistema operacional também fará um contraponto nesta decisão do Google de operar a Play Store com critérios mais rigorosos. O update vai facilitar a instalação de outras lojas de aplicativos nos smartphones, como a Galaxy App Store, da Samsung. A medida visa trazer mais concorrência ao mercado de lojas virtuais, algo positivo para o consumidor.
A decisão do Google vem em um momento delicado para o mercado de aplicativos. Nos últimos meses, diversas companhias criticaram as políticas de retenção de receitas da App Store. Até mesmo o Facebook também criticou a Apple por cobrar 30% do faturamento de pequenos empreendedores durante a pandemia do novo coronavírus.