EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h32.
O Google anunciou nesta terça-feira (19/6) o lançamento de uma versão brasileira do YouTube, o site de compartilhamento de vídeos mais popular do mundo. Além da versão em português, o Google também vai lançar sites locais do YouTube em outros oito países: Japão, Reino Unido, França, Irlanda, Itália, Holanda, Polônia e Espanha. A diferença dos novos sites é que, além da língua local, também haverá uma homepage, ferramentas de busca, comentários e rankings diferentes para cada país.
Assim como a versão americana, que já faz grande sucesso no Brasil, o novo YouTube também vai permitir que o usuário local possa compartilhar vídeos com outros internautas. Ao acessar a versão brasileira do site, o internauta verá, na homepage, o ranking com os conteúdos mais vistos no país. Isso não significa que o visitante só será capaz de acessar vídeos postados por internautas brasileiros. "Todo o conteúdo continuará disponível", afirmou o presidente da operação brasileira do Google - empresa que controla o YouTube - Alexandre Hohagen.
A intenção da empresa é aumentar o tráfego fora dos Estados Unidos, que já responde por metade da audiência do YouTube, e também de barrar o lançamento e rápido crescimento de serviços muito parecidos por empresas de internet brasileiras. "Contamos com um número significativo de usuários que falam português", afirmou Chad Hurley, executivo-chefe do YouTube e co-fundador da companhia, durante videoconferência com jornalistas brasileiros. O executivo não revelou qual o volume de brasileiros cadastrados no site. Ele acredita, porém, que a versão em português elevará a audiência no país. "Com certeza, esperamos um crescimento no Brasil", disse. Outro sucesso internet desenvolvido pelo Google, o Orkut, também se popularizou no Brasil primeiro e só depois ganhou uma versão em português.
Para Hohagen, a escolha do Brasil mostra o prestígio do país no mercado de internet. O executivo afirma que, embora a taxa de penetração da internet, no Brasil, ainda seja pequena, em números absolutos, o país já conta com 35 milhões de internautas. "É mais que o mercado da Austrália, por exemplo", diz.
Como a receita do YouTube provém de publicidade, elevar a audiência do site, por meio de versões locais, é também um modo de se tornar mais atraente aos olhos dos anunciantes e dos potenciais parceiros de conteúdo, como os canais de TV que disponibilizam parte de sua programação no YouTube. "Quando se cria uma versão local, aumenta a relevância do YouTube para os anunciantes, porque eles sabem que falarão com o público que lhes interessa", afirmou Hohagen.
Parcerias no Brasil
O YouTube também anunciou, nesta terça-feira (19/6), parcerias com a Rede Globo, e com os portais iG e Terra. No caso da Globo, a parceria começa com a disponibilização de trechos de episódios de Malhação, o seriado jovem produzido para a emissora. O seriado ficará em um canal próprio criado para a Globo. Segundo Hohagen, outros conteúdos poderão ser incorporados ao acordo.
O iG vai liberar parte do conteúdo de seu canal multimídia, o Megaplayer. Os usuários do YouTube poderão ter acesso a vídeos como o Conversa Afiada, de jornalismo, e os produzidos pelo site Babado. Já o Terra vai oferecer mais de 80.000 vídeos. De acordo Hohagen, os acordos são semelhantes aos assinados pelo YouTube nos Estados Unidos e não envolvem remunerações, além das possibilidades já existentes: a venda de links patrocinados e de vídeos publicitários.