Tecnologia

Google lança smartphone Pixel 6 com processador próprio

A principal estrela do novo aparelho é seu processador, apelidado de "Tensor", o primeiro desenvolvido pelo próprio Google

O novo smartphone do Google, o Pixel 6, é movido por um chip inteligente desenvolvido pela empresa. (Agence France-Presse/AFP)

O novo smartphone do Google, o Pixel 6, é movido por um chip inteligente desenvolvido pela empresa. (Agence France-Presse/AFP)

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AFP

Publicado em 19 de outubro de 2021 às 19h03.

Última atualização em 19 de outubro de 2021 às 19h17.

O Google apresentou nesta terça-feira, 19, o Pixel 6, seu novo modelo de smartphone, um mercado em que o gigante tecnológico vem tentando entrar há quase uma década, mas no qual nunca conseguiu se destacar. 

A principal estrela do novo aparelho é seu processador, apelidado de "Tensor", o primeiro desenvolvido pelo próprio Google e "a inovação em telefonia móvel mais importante na história de nossa companhia", afirmou Peter Prunuske, diretor de produtos Pixel.

"É o resultado de anos de investimentos em inteligência artificial", acrescentou o executivo em uma coletiva de imprensa.

A empresa californiana domina amplamente as buscas na internet e a economia do setor de telefones celulares, já que 80% dos smartphones e tablets do mundo usam seu sistema operacional, o Android.

O Google também lidera a corrida dos carros autônomos, está próximo de Amazon e Microsoft em serviços na nuvem e seu aplicativo Google Maps é imbatível como navegador. Contudo, no setor de telefonia móvel, as diferentes evoluções do Pixel tiveram desempenho "pobre" em relação a vendas, segundo Brad Akyuz, da empresa de consultoria de mercado NPD Group.

Segundo o especialista, isso se deve a imperfeições técnicas, mas também ao controle ferrenho do setor por Apple e Samsung. Nos Estados Unidos e no Canadá, o Google tinha menos de 2% de participação no mercado em setembro, enquanto Apple (53%) e Samsung (28%) dominavam com folga, segundo o site Statcounter.

"O Pixel se destaca no aspecto do software, mas isso não tem sido suficiente para se diferenciar de seus rivais, como a Samsung, que sempre soube reagir com rapidez", opinou Brad Akyuz.

O gigante californiano espera agora ganhar protagonismo com o Pixel 6 e o Pixel 6 Pro, que serão comercializados nos Estados Unidos por 599 e 899 dólares, respectivamente, um valor inferior ao dos últimos iPhones.

O Google aposta em sua experiência com aprendizagem automática, o que supostamente tornará a experiência do usuário mais intuitiva. Essa função "oferece capacidades que apenas um telefone do Google pode oferecer, como a função de tradução instantânea que lhe permite traduzir mensagens e vídeos [também disponível sem conexão]", diz a descrição do novo dispositivo.

O Google também garante que os Pixel 6 são mais resistentes e seguros graças a um novo chip que os protegem "eficazmente contra hackers".

A companhia vem tentando entrar no mercado de telefonia celular desde antes do lançamento de seu primeiro Pixel, em 2016. Quatro anos antes, o Google adquiriu a Motorola por 12,5 bilhões de dólares. No entanto, o negócio não prosperou e, dois anos depois, repassou a marca para a chinesa Lenovo por menos de 3 bilhões de dólares.

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