A nova capacidade solar ajudará a abastecer os data centers e o serviço de nuvem (zhongguo/Getty Images)
Repórter colaborador
Publicado em 2 de julho de 2024 às 09h07.
O Google fará uma parceria com a BlackRock para desenvolver um pipeline de 1 gigawatt de energia solar em Taiwan enquanto busca aumentar sua capacidade energética e reduzir as emissões de carbono em meio ao boom da inteligência artificial.
O acordo, divulgado pela big tech na segunda-feira, fará com que o Google faça um investimento de capital, ainda a ser aprovado pelos reguladores, na empresa taiwanesa New Green Power para facilitar a construção da estrutura.
O investimento impulsionará a energia limpa na rede elétrica local de Taiwan e ajudará o Google a atingir o seu objetivo de zerar suas emissões de carbono em todas as suas operações até 2030, disse a empresa.
A nova capacidade solar ajudará a abastecer os data centers e o serviço de nuvem do Google em Taiwan. Parte da capacidade de energia limpa também será oferecida aos fornecedores e fabricantes de chips do Google na região.
Taiwan produz quase 60% dos chips semicondutores do mundo e é responsável por uma parcela ainda maior de processadores avançados de IA, de acordo com a consultoria global EY. As instalações de fabricação de chips estão entre as instalações que mais consomem energia no mundo, já que trata-se de um processo longo e complexo.
No entanto, 97% da energia de Taiwan é gerada a partir de fontes não renováveis, incluindo carvão e gás natural, de acordo com dados da Administração de Energia, subordinada ao Ministério dos Assuntos Económicos de Taiwan.
Por isso a necessidade de impulsionar as fontes de energia renováveis.
Até 2030, segundo relatório do Boston Consulting Group, prevê-se que as energias renováveis representem 30% a 50% da matriz energética na maioria dos mercados da região Ásia-Pacífico, acrescentando que é necessário um “investimento significativo”.