Tecnologia

Google e Foxconn podem estar trabalhando na fabricação de robôs

Segundo fontes próximas ao assunto ouvidas pelo WSJ, Terry Gou, CEO da Foxconn, teria se animado com as tecnologias de automação demonstradas pelo Google

robo (Reprodução / Boston Dynamics)

robo (Reprodução / Boston Dynamics)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 16h21.

A gigante taiwanesa Foxconn estaria trabalhando em conjunto com o Google na fabricação de robôs. A informação vem do Wall Street Journal, que afirma que a parceria já vem desde o ano passado, e que Andy Rubin, chefe da divisão de robótica da empresa americana, ainda teria se encontrado recentemente com o CEO asiático para “acelerar a entrega” dos robôs nas fábricas orientais.

Segundo fontes próximas ao assunto ouvidas pelo jornal, Terry Gou, o chefe da Foxconn, teria se animado com as tecnologias de automação demonstradas pelos parceiros no encontro. Além disso, Rubin teria pedido aos taiwaneses ajuda para “integrar uma companhia de tecnologia que o Google adquiriu”, que seria beneficiada pelos avanços em engenharia mecânica feitos pelos asiáticos.

A tal companhia poderia muito bem ser a Boston Dynamics, comprada pelos norte-americanos em meados de dezembro do ano passado. Os valores não foram revelados, mas a negociação chamou bastante atenção por mostrar que o Google tem mesmo grandes ambições no ramo da robótica – além da criadora de máquinas como o Wildcat e o Petman, outras sete companhias especializadas no ramo já foram compradas pela gigante.

Na época dessa última aquisição, aliás, foi reportado que o Google se focaria primeiramente na manufatura, o que está sendo confirmado com essa parceria. Isso porque o interesse da Foxconn nessa área é enorme, segundo o WSJ: há algum tempo os taiwaneses vêm querendo acelerar a automação nas linhas de produção, de forma a contornar o encarecimento da mão de obra na China e a aumentar a atual taxa lucro por funcionário.

É no país asiático que ficam mais de um milhão dos trabalhadores da empresa, e a ideia inicial seria substituir ao menos os que lidam com partes mais delicadas no processo de fabricação de eletrônicos. Porém, mais para frente, de acordo com o jornal, a ambição do presidente da companhia seria até montar fábricas apenas com robôs, inclusive fora da China – e tudo isso compõe um belo campo de testes para os ambiciosos projetos do Google.

Analistas ouvidos pelo WSJ ainda citaram a eventual criação de um sistema operacional da empresa americana voltado para robôs usados por fabricantes. Há sentido nisso, já que a iniciativa fortaleceria o Google frente a rivais que também têm propostas dentro do ramo da robótica, como a Amazon, com seu projeto de drones-entregadores, e até a Microsoft. 

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