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Google e EPO traduzirão pedidos de patentes brasileiras

O diretor de Patentes do Inpi, Julio César Moreira, avaliou hoje (9), que o acordo vai estimular o envio de pedidos brasileiros de patentes na Europa e vice-versa

Isso dará maior transparência e informação mais completa sobre o conteúdo de patentes para os depositantes brasileiros e estrangeiros (Sean Gallup/Getty Images)

Isso dará maior transparência e informação mais completa sobre o conteúdo de patentes para os depositantes brasileiros e estrangeiros (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2012 às 18h20.

Rio de Janeiro - Parceria entre o Escritório Europeu de Patentes (EPO) e o Google vai permitir tradução automática, em linguagem específica, dos pedidos de patentes estrangeiras no Brasil e de brasileiras no exterior. Como consequência disso, o EPO assina, no próximo dia 11, com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), acordo bilateral para troca de documentos de patentes em português e em inglês para o serviço disponível no seu site. O evento ocorrerá na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

O diretor de Patentes do Inpi, Julio César Moreira, avaliou hoje (9), que o acordo vai estimular o envio de pedidos brasileiros de patentes na Europa e vice-versa. Moreia explicou que as máquinas de tradução existentes até então não consideravam particularidades dos idiomas. “Com essa máquina funcionando, voltada para os pedidos de patentes especificamente, a gente vai ter um aumento de qualidade do que está sendo redigido, inclusive do português para o inglês ou para outra língua qualquer”, disse à Agência Brasil.

Isso dará maior transparência e informação mais completa sobre o conteúdo de patentes para os depositantes brasileiros e estrangeiros sobre os pedidos depositados no país e no exterior. “A gente aumenta a segurança do conteúdo da informação que está sendo apresentada por uma máquina de tradução”, avalia.

Com o convênio, o Inpi pretende disponibilizar os documentos em português para outras línguas, permitindo, também, que documentos apresentados em inglês, alemão e outras línguas possam ser traduzidos para o português de forma eficiente e confiável para o depositante nacional. Assim, a empresa e o pesquisador brasileiro terão acesso à informação e poderão verificar o que é protegido realmente por patente ou em que podem inovar sem ferir direitos de terceiros.


O diretor do Inpi considera que o acordo para criação de um sistema de tradução automática de pedidos de patentes é o último passo necessário para o sistema e-Patentes, que o instituto brasileiro lançará em julho próximo e que viabilizará pedidos de patentes no Brasil pela internet.

O instituto já lançou alguns instrumentos nessa direção, entre os quais o processamento eletrônico interno, a visualização na internet dos pareceres técnicos examinadores de patentes (e-Parecer) e as cartas patentes expedidas na internet para o público em geral (e-Carta Patente). “Isso tudo vai culminar com o depósito eletrônico em julho. A máquina de tradução vai entrar para ajudar o trânsito do conhecimento e da informação em todas essas áreas”.

O depósito geral de patentes, incluindo pedidos feitos por brasileiros e estrangeiros no Inpi, totalizou 31.924 documentos no ano passado. Julio César Moreira revelou que a previsão, este ano, é ampliar esse número entre 8% e 10%, de modo a atingir em torno de 35 mil pedidos de patentes.

O Inpi dará seguimento também, em 2012, à programação de road shows no Brasil e no exterior, com países parceiros, para informações ao público sobre os respectivos sistemas de patentes em vigor.

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