Tecnologia

Google dá “enorme passo adiante” em mecanismo de busca

Google está investindo em nova tecnologia para aprimorar seu mecanismo de busca virtual

Google: com uso de inteligência artificial, Google estuda aprimorar seu sistema de buscas (Gabby Jones/Bloomberg)

Google: com uso de inteligência artificial, Google estuda aprimorar seu sistema de buscas (Gabby Jones/Bloomberg)

ME

Maria Eduarda Cury

Publicado em 27 de outubro de 2019 às 09h00.

Última atualização em 27 de outubro de 2019 às 09h00.

O Google está inserindo uma nova tecnologia em seu mecanismo de busca para melhor interpretar bilhões de consultas diárias. Executivos descreveram a mudança como uma das mais significativas na história da empresa.

Com a alteração anunciada na sexta-feira, o maior site de buscas do mundo migrará de resultados com base em palavras-chave para “algo mais próximo da linguagem”, disse Ben Gomes, chefe da área de buscas no gigante pertencente à Alphabet. “Estamos muito longe de resolver o problema completamente, mas é um enorme passo adiante”, garantiu ele durante entrevista coletiva.

O Google não tem concorrência real em se tratando de buscas na web, mas o aprimoramento dessa tecnologia é essencial para manter sua vantagem em áreas adjacentes, principalmente computação de voz, onde compete com a Amazon.com. O novo sistema depende de uma ferramenta de inteligência artificial projetada para analisar frases longas e complexas, em vez de apenas sequências de palavras. Segundo os executivos, os resultados obtidos nos testes foram muito mais precisos.

Qualquer ajuste no mecanismo de busca do Google impacta setores que dependem dele para conseguir tráfego na web. Ao longo dos anos, o Google foi se afastando da fórmula de entregar como resultado 10 links em azul. Agora, mostra mais resultados de seus próprios serviços em algumas consultas (informações de voos, por exemplo) ou extrai e dá destaque a blocos de texto de sites (conhecidos como “featured snippets” ou posição zero).

Rivais se queixam a autoridades reguladoras que as medidas do Google são anticompetitivas.

De acordo com os executivos, o novo sistema produziu mais snippets fora dos EUA. Eles insistem que o Google não está tirando visualizações de outros, mas que avanços nos resultados de busca aumentam o volume de buscas e o tráfego na web de modo geral.

“Se as pessoas conseguem obter mais respostas, acabam fazendo mais consultas”, disse Gomes. “E isso resulta em mais tráfego para o ecossistema todo.” Ele não compartilhou dados sobre essas tendências.

O novo sistema será aplicado primeiramente aos resultados de buscas em inglês e depois será expandido. A empresa avisou que o novo esquema não afetará imediatamente os anúncios relacionados às buscas.

Acompanhe tudo sobre:BuscaEstados Unidos (EUA)Google

Mais de Tecnologia

Desafio da Nasa oferece prêmio a quem desenvolver tecnologia de navegação de viagem à Lua

Fabricante do jogo processa SpaceX de Elon Musk e pede US$ 15 milhões

Gigantes das redes sociais lucram com ampla vigilância dos usuários, aponta FTC

Satélites da SpaceX estão causando interferência nos equipamentos de pesquisadores, diz instituto