São Paulo - As startups brasileiras vão ganhar um novo ponto de apoio na cidade de São Paulo bancado pelo Google. A gigante da internet anunciou ontem o lançamento no Brasil do Campus Google - um escritório colaborativo para estimular o ensino do empreendedorismo, a formação de redes de contatos entre empreendedores e o nascimento de empresas de alto impacto (aquelas com negócio inovador e forte potencial para rápido crescimento).
Os escritórios colaborativos do Google fazem parte do projeto Google for Entrepreneurs e já funcionam em Londres (Inglaterra), Tel Aviv (Israel) e Varsóvia (Polônia).
Eles oferecem estrutura parecida à das aceleradoras de startups disponíveis hoje no mercado - que funcionam como escola para empreendedores, realizando eventos, aulas e colocando jovens empreendedores em contato com profissionais mais experientes.
A diferença é que várias atividades acontecem ao mesmo tempo dentro do Campus, como os programas de aceleração, palestras, maratonas de programação, entre outros. A maioria das atividades é gratuita ou tem um custo de inscrição baixo para as startups.
No Campus São Paulo, os empreendedores receberão orientação e treinamento de integrantes da comunidade local de startups, incluindo profissionais experientes e de sucesso no mercado de tecnologia brasileiro e especialistas do Google.
Os empreendedores também terão acesso à internet banda larga e a um escritório compartilhado, modelo que, segundo o Google, é propício ao surgimento de grandes ideias.
"Brasileiros são empreendedores por natureza. Apesar dos muitos obstáculos e da comum falta de recursos, eles conseguem superar desafios, inovar e construir grandes negócios", disse, em nota, a gerente do Programa de Parcerias da Google for Entrepreneurs, Bridgette Beam.
"Em todo o País, diversas startups estão criando produtos, gerando vagas de trabalho e transformando a experiência dos usuários na internet e em plataformas móveis, muitas vezes, em escala global. Nós acreditamos que este é apenas o começo."
A inauguração do Campus São Paulo do Google está prevista para o início de 2015. Nos próximos meses, o Google deve divulgar o endereço e mais detalhes sobre as atividades a serem oferecidas no local.
A empresa tem escolhido cidades com ecossistemas de startups emergentes para abrigar seus escritórios colaborativos, em vez de optar por mercados já estabelecidos, como o Vale do Silício, nos EUA. Em Londres, o Campus inaugurado em abril de 2012 tem mais de 20 mil membros e só em 2013 realizou mais de 1,1 mil eventos e mil sessões de "mentoria" - quando um profissional experiente aconselha um iniciante.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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1. Balanço do ano
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1/12 (.)
São Paulo – O mercado brasileiro ainda tem poucas métricas para avaliar o crescimento de
startups. Quem já está neste universo garante que 2013 foi um ano de evolução. Em
investimento-anjo, por exemplo, o aumento foi de 25%, segundo a Anjos do Brasil. Os investimentos deste tipo chegaram a quase 620 milhões de reais. Nesse movimento, algumas startups se destacaram. É o caso do Easy Taxi, app para pedir taxis que recebeu mais de 15 milhões de reais em investimentos, já atua no exterior e foi citado por várias fontes. Vale lembrar que, diferente de empresas tradicionais, o sucesso em startups não depende da fase da vida. “Depois do modelo de negócios validado, o sucesso vem em função da velocidade de crescimento da estratégia de monetização ou de outro fator ligado à estratégia de venda”, indica Fernando de La Riva, diretor executivo da Concrete Solutions. A pedido de EXAME.com, Marcelo Nakagawa, professor de
Empreendedorismo do Insper, Fernando de La Riva, diretor executivo da Concrete Solutions, Camila Farani, investidora-anjo, Pedro Waengertner, co-fundador da Aceleratech, e Carlos Pessoa, diretor da Wayra Brasil, elaboraram uma lista com o top 10 do mercado brasileiro de startups em 2013.
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2. Bidu
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2/12 (Daniela Toviansky)
Com pouco mais de um ano e investimentos da Monashees Capital e da MBS Seguros, o Bidu é um e-commerce de seguros e serviços financeiros. Hoje, a empresa conta com mais de 30 funcionários e parcerias com as principais seguradoras do Brasil. “Tem um time de execução sólido, em um mercado grande e com barreiras de entrada tanto técnicas quanto comerciais. Começou a operar em junho de 2012, e já chegou a um faturamento mensal de dois milhões de reais”, diz Riva.
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3. Bovcontrol
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3/12 (Divulgação)
A startup tem apoio da Wayra, ficou entre as cinco principais startups do IBM Smart Camp e foi selecionada pelo Microsoft BizSpark neste ano. Criada por Danilo Leão e Alecsey Fernandes, que somam vários anos de experiência em outros negócios, a startup criou um sistema de monitoramento de gado que coloca em um app todas as informações do rebanho, como peso, vacinação e localização. “A ideia é sanar o problema de coleta de dados no campo, que é um grande gargalho para tomada de decisões inteligentes”, diz Pessoa. Mesmo com pouca divulgação, 30% dos downloads já são de usuários nos Estados Unidos.
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4. ContaAzul
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4/12 (Divulgação)
Fundada em 2011, a startup fornece um software de gestão totalmente online, com foco em micro e pequenos empresários. Além de quatro rodadas de investimento, foi selecionada para participar do programa de aceleração da 500Startups, nos Estados Unidos. “Com menos de 2 anos e já no quarto round de investimento, a empresa encerrará 2013 com mais de 10 mil clientes pagantes”, diz Riva. “Com uma estratégia agressiva de captação de clientes aliada a uma entrega de valor consistente foi, sem dúvida alguma, umas das melhores startups de 2013”, complementa Camila.
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5. Easy Taxi
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5/12 (Alexandre Severo/EXAME.com)
Mais de 15 milhões de reais em investimento e o lançamento internacional fizeram do Easy Taxi uma das startups de maior destaque do ano. “Continua se destacando, aumentando rapidamente a base de clientes e o número de países em operação”, diz Nakagawa. São mais de 3 milhões de downloads e 90 mil taxistas cadastrados no mundo. “Conseguiu exportar tecnologia brasileira para o resto do mundo, com uma capacidade excelente para adquirir clientes”, indica Waengertner.
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6. Enjoei
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6/12 (Reprodução/Vimeo)
Criado em 2009, o Enjoei é uma plataforma para venda de produtos que as pessoas não querem mais. A monetização é baseada em um modelo de comissão: o site fica com uma parte de todas as vendas. Neste ano, receberam um aporte de 2,9 milhões de dólares da Monashees. “O varejo com curadoria se mostra uma hipótese viável de novos entrantes, sem escala no varejo digital. Uma boa curadoria associada a um time de execução experiente levou o site a conseguir a validação do seu modelo com mais de 1 milhão de usuários distintos”, diz Riva.
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7. Fisgo
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7/12 (Divulgação)
Criada em 2010, a empresa é um agregador de classificados online. Depois de um investimento da Confrapar, a startup já soma mais de 15 milhões de visitantes. Seu principal produto, o BemDireto, conecta compradores a corretores de imóveis on e offline. “Por mês, são gerados 15 mil novos leads e 2 mil novos agentes são registrados na plataforma”, explica Riva.
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8. Peixe Urbano
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8/12 (Marcelo Correa/EXAME.com)
É verdade que o Peixe Urbano já viveu seu período áureo, mas sua indicação nesta lista serve para reforçar a importância da adaptação rápida em startups. “A capacidade do time do Peixe Urbano de reestruturar a empresa para a nova realidade de negócios e buscar um reposicionamento por meio da diversificação mostra, novamente, uma grande capacidade de execução”, indica Riva.
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9. Rock Content
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Uma das principais startups de marketing de conteúdo do país, a RockContent é o resultado da fusão entre outras duas empresas, a Everwrite e a TextCorner. No meio do ano, a empresa anunciou um investimento do grupo Abril. Além disso, Digital News Ventures, Napkn Ventures e e.Bricks Digital já haviam apoiado a startup.
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10. ZeroPaper
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10/12 (Divulgação/ZeroPaper)
Com a oferta de uma plataforma financeira na nuvem, a empresa foi acelerada pela 21212. Em um ano de operação, já mostrou bons resultados, com mais de 100 mil clientes. Em julho, a startup anunciou a venda de parte do negócio para a Totvs.
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11. Wine.com.br
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11/12 (Divulgação/Wine.com.br)
Apesar de ter sido criada em 2008, o portal especializado em vinhos movimentou o mercado em 2013. “Com a aquisição do Have a Nice Beer e investimento do e.Bricks, se mostra capaz de competir bem no difícil setor de varejo online por meio de um modelo de negócios de venda recorrente e acesso a fornecedores diferenciados”, justifica Riva.
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12. Agora, veja mais sobre empreendedorismo
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12/12 (Getty Images)