Tecnologia

Google compra startup de reconhecimento de gestos Flutter

O Google comprou a startup Flutter, especializada em aplicativos de controle gestual por cerca de 40 milhões de dólares

Gestos (Reprodução/YouTube)

Gestos (Reprodução/YouTube)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 12h33.

São Paulo – Em breve, Google Glass, Android e outros produtos do Google poderão ser controlados por gestos, ao estilo Kinect. A gigante das buscas comprou a startup americana Flutter, especializada em aplicativos de controle gestual.

O primeiro e único produto da empresa é um aplicativo que tem o mesmo nome da startup. O serviço para Windows e Mac OS X permite o controle de players de mídia pela webcam, a partir de movimentos das mãos. O usuário pode fazer gestos para mudar de música ou pausar serviços como iTunes, YouTube e Netflix.

A Flutter planejava lançar um novo produto em agosto. Mas o plano foi adiado de forma abrupta, provavelmente por causa das negociações com o Google.

O anúncio da aquisição foi feito no site da Flutter. Mas não foram divulgados detalhes sobre preço ou data da negociação. Rumores indicam que o Google desembolsou 40 milhões de dólares.

Não está claro qual o objetivo do Google com a tecnologia da Flutter. Integrantes da startup disseram, apenas, que o aplicativo continuará funcionando, com atualizações frequentes.

Movimento pós-touch – O investimento do Google em controle gestual acompanha uma onda de ações similares de outras empresas. Startups e grandes companhias no mundo todo disputam a liderança desse mercado que, para alguns empreendedores, vai se expandir rapidamente.

O sensor Leap Motion é um dos controles gestuais que têm feito mais sucesso. "A interação por gestos vai decolar porque garante uma experiência intuitiva e natural, como vimos no iPhone e no iPad", diz Tal Dagan, vice-presidente de marketing da israelense PrimeSense.

A PrimeSense está por trás do desenvolvimento do sensor do Kinect, da Microsoft. A startup se especializou nessa área e é uma das responsáveis pela revolução pós-touchscreen que começou nos games. Sua pesquisa mudou a experiência dos usuários com jogos e agora avança em outras direções.

Entre os principais clientes da empresa está a fabricante taiwanesa Asus, para quem desenvolveu um aparelho chamado Xtion. Esse acessório, também equipado com câmeras e sensores, funciona conectado a qualquer PC ou notebook com porta USB. Ele pode ser usado para controlar jogos, navegar por filmes, galerias de fotos e sites na web. "A revolução das interfaces começou do teclado para o mouse. Foi do mouse para o toque e, em breve, vai do toque para os gestos. Acreditamos que o pós-touchscreen já é o novo paradigma", diz Dagan.

A Intel também está atenta ao futuro pós-touch e investe em novidades nessa área. Em julho, comprou a startup israelense Omek, desenvolvedora do software Omek Grasp, capaz de ler 22 articulações da mão e seus movimentos. O produto será incorporado a futuros lançamentos da fabricante americana de chips.

Além da Omek, a Intel também trabalha com a Softkinetic, empresa belga com quem desenvolve o projeto Perceptual Computing -- uma webcam equipada com sensores infravermelhos capazes de reconhecer gestos e até expressões faciais. “A câmera pode fazer muita coisa. Depende dos desenvolvedores utilizarem a tecnologia para criar novas aplicações”, afirma Juliano Alves, gerente da área de software da Intel Brasil.

Com essa tecnologia, no futuro, senhas no computador podem ser substituídas por reconhecimento facial, por exemplo.  Se o projeto Perceptual decolar, a expectativa da Intel é que a próxima geração de ultrabooks já venha de fábrica com a capacidade de interação por meio de gestos.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaGoogleINFOKinectSoftwareTecnologia da informação

Mais de Tecnologia

Intel descarta venda de participação na Mobileye e ações da empresa disparam

YouTube expande anúncios em vídeos pausados para todos os anunciantes

Kremlin volta a usar YouTube, enquanto restringe o acesso de russos à plataforma

Netflix atinge 94 bilhões de horas assistidas no primeiro semestre de 2024, afirma CEO