Privacidade: Google se move para rebater críticas da Apple e da Mozilla (Getty Images/Getty Images)
Lucas Agrela
Publicado em 25 de agosto de 2019 às 08h59.
Última atualização em 25 de agosto de 2019 às 08h59.
O Google delineou um plano para tentar tornar a navegação na web mais privada e ainda permitir que as propagandas direcionadas sejam suficientes para manter os anunciantes - e a si próprios - nos negócios.
As sugestões do Google incluem tokens criptográficos que os usuários podem acumular mostrando que são confiáveis, uso de inteligência artificial para mostrar anúncios relevantes a pessoas com base em informações mínimas e armazenamento de dados de identificação pessoal no dispositivo de alguém, em vez guardá-los no navegador.
A gigante da internet disse que vai propor as mudanças para debate com as organizações que estabelecem regras comuns para a internet. Isso significa que o Google quer que toda a web adote as novas regras, em vez de apenas instalá-las em seu próprio navegador Chrome. O movimento mostra que o Google está sendo proativo em garantir que suas ideias sobre como a rede funciona serão as que vencerão no futuro.
As mudanças certamente melhorariam a privacidade, mas o Google também está rejeitando as iniciativas de privacidade iniciadas pelo Firefox da Mozilla e o Safari, da Apple, por considerá-las muito pesados. Esses navegadores começaram a bloquear cookies - pequenos trechos de código que se instalam nos navegadores das pessoas e os seguem pela web, ajudando os anunciantes a colocar anúncios segmentados e valiosos.
O Google não quer que os cookies desapareçam, porque diz que eles ajudam os anunciantes a ganhar dinheiro com seu conteúdo e mantém a web vibrante. Naturalmente, eles também ajudam o Google, que é a maior e mais lucrativa empresa de publicidade online do mundo.
Mudanças nos padrões de internet, regras comuns que permitem que sites diferentes trabalhem em diferentes navegadores, podem levar anos. Mas o Google geralmente lidera o caminho simplesmente atualizando o Google Chrome e forçando o resto da rede a se adaptar, algo que pode ser feito pela empresa já que seu navegador é usado por cerca de 70% dos usuários da internet em todo o mundo.