Notebook: Chrome gasta até 25% mais bateria de notebooks com Windows do que outros navegadores (Adam Berry/Getty Images)
Victor Caputo
Publicado em 16 de julho de 2014 às 16h48.
São Paulo – O navegador Google Chrome pode estar gastando muita bateria de notebooks usando o sistema operacional Windows. O problema vem de um ajuste que o Google fez em seu navegador, afirma o jornalista Ian Morris em um texto na Forbes.
De acordo com ele, o problema é no chamado “system clock tick rate” (algo como "taxa de pulso do relógio do sistema"), um parâmetro interno do Windows que regula de quanto em quanto tempo o processador irá “acordar” para procurar trabalho.
“Para economizar energia, o processador dorme quando nada precisa de sua atenção, e acorda em intervalos pré-definidos”, escreve Morris.
De acordo com ele, o normal é que o processador acorde 64 vezes por segundo em uma situação corriqueira. A regulagem do Chrome, no entanto, faz com que ele o processador procure por trabalho 1.000 vezes por segundo.
Uma simples aplicação é capaz de mudar o comportamento do sistema todo. Então, enquanto o navegador estiver aberto, o computador irá fazer essa verificação mais vezes.
Em navegadores como o Internet Explorer ou o Mozilla Firefox, a taxa de verificação aumenta em meio a tarefas específicas, como assistir um vídeo no YouTube.
Durante a navegação normal, o clock fica na taxa de 64 verificações por segundo. Já no Google Chrome, esse gasto de energia é constante—esteja o usuário no YouTube ou apenas com uma página em branco aberta.
Esse aumento na taxa de verificação pode elevar o consumo de bateria em até 25%, de acordo com a Microsoft. O usuário, infelizmente, não pode ajustar isso manualmente. Está entregue, portanto, à regulagem do Google.
A única opção é deixar de usar o Google Chrome e adotar o IE ou o Firefox. Caso o gasto de bateria não seja um incomodo tão grande, basta continuar usando o Chrome normalmente.
O autor do texto ainda reforça que o problema só acontece em notebooks que usam Windows. Aparelhos da Apple ou outros rodando o sistema Linux não sofrem com o bug.
O problema vem sendo discutido num fórum oficial sobre o Chrome há algum tempo. O Google reconhece que a falha existe e diz que ela só ocorre em algumas situações. Resta esperar que a empresa resolva logo esse problema.